E o novo Mangueirão vem aí
A partir de setembro, Remo e PSC poderão disputar jogos da Série C no estádio Jornalista Edgar Proença. A entrega do novo Mangueirão será no próximo dia 30 de agosto. O cronograma de obras atingiu 84% nesta semana, confirmando as datas estabelecidas há um ano e meio, quando a monumental reforma foi iniciada.
O anúncio oficial foi feito pelo governador Helder Barbalho: “Já em setembro, Remo e Paysandu poderão disputar a Série C aqui, além também da disponibilidade do estádio para as demais agremiações, para o esporte amador e o atletismo do nosso Estado”.
Helder confirma entrega do Mangueirão para 30 agosto
Quando o amistoso da Seleção Brasileira ficou inviabilizado pelas futricas internas da Federação Paraense de Futebol, com sua chusma de incompetentes, houve quem se desse ao trabalho de lançar desconfiança sobre o prazo de entrega do novo Mangueirão.
Na verdade, o sonho de Helder era reinaugurar o estádio com a presença da Seleção Brasileira de Tite, preferencialmente contra a Argentina, em partida adiada das Eliminatórias Sul-Americanas. Ocorre que a demora da eleição na FPF deu à CBF o motivo perfeito para cancelar o jogo.
A obra de modernização do Mangueirão custou R$ 146 milhões. As obras começaram em fevereiro de 2021. O principal item da revitalização foi o aumento da capacidade do estádio, que pulou de 35 mil para 53.645 espectadores, confortavelmente instalados.
Apesar da manutenção da pista de atletismo, o projeto acrescentou cobertura às rampas de acesso e um novo anel foi instalado atrás de cada gol, ocupando o antigo espaço vazio. A grama foi replantada e o conjunto dá ao Mangueirão aspecto de uma verdadeira arena Fifa.
O novo Mangueirão brotará com uma arquitetura de construção ecológica, dotado de sistemas de captação e reaproveitamento da água da chuva e painéis para produção de energia solar.
Em atenção às normas da Fifa, o estádio terá área exclusiva para a central do VAR. O torcedor acostumado às linhas arquitetônicas externas do Mangueirão pode ficar tranquilo, a reforma não alterou suas características originais.
Clima de guerra aguarda o Leão na Paraíba
O maior desafio do Remo na Série C deve ser a partida de domingo, em João Pessoa, contra o Botafogo local. Nem tanto pelo que o time paraibano representa, mas pelo clima de confrontação que se desenha contra os azulinos. Aborrecidos com as investidas azulinas sobre jogadores do elenco botafoguense, a diretoria do clube reclamou muito quando o Remo oficializou proposta pelo meia Anderson Paraíba, jogador que era considerado peça importante no Belo.
Logo em seguida, ao demitir o técnico Paulo Bonamigo, o Remo foi buscar o substituto justamente no Botafogo. Procurou Gerson Gusmão, apresentou uma oferta e o treinador decidiu trocar João Pessoa por Belém.
Estava declarada a nova guerra de Canudos. A direção do Belo encarou as atitudes como perseguição ao clube e seus dirigentes chegaram a ironizar os azulinos, dizendo que o Remo passou a ser uma “filial” do Botafogo.
Tudo parecia serenado até que chegou a semana do duelo entre os desafetos. Em programas de rádio de João Pessoa, os torcedores se manifestam tratando a partida como de vida ou morte. Gusmão ganhou até meme com sua foto emoldurando uma nota de 100 reais.
Uma patacoada sem fim. Clubes procuram reforços de acordo com seus interesses e recursos. Acontece em todas as divisões – o Flamengo tirou Dorival do Ceará e o Santos foi buscar Lisca Doido no Sport – e a vida segue seu curso.
Cabe ao time azulino ter tranquilidade para resistir à pressão extracampo. Ao mesmo tempo, se o Belo jogar pilhado (como sua torcida), abre caminho para que o Leão use o aspecto emocional em seu favor.
Direto do blog campeão
“Ufa, ufa! Feliz com a vitória, que veio em excelente hora. A atitude do técnico remista em cutucar o vespeiro deu certo. Continuo não colocando a mão no fogo por essa diretoria fraca, mas hoje vejo que Gerson Gusmão chacoalhou os arraiais azulinos. Paulinho Curuá jamais deveria ter saído do time, sempre que entrava proporcionava boas jogadas. Bruno Alves é outro que não deveria ter saído. Brenner perde muitos gols, mas é uma referência e vence pela persistência. Agora vejamos como o time vai se comportar nos jogos restantes. É necessário fazer os 6 pontos que restam dentro de casa e beliscar ao menos 1 ponto contra os Botafogos. Qualquer tropeço será fatal para o objetivo da classificação”.
Camilo Ferreira
Presidente rompe com a era da omissão na FPF
Um dos primeiros atos externos do novo presidente da FPF, Ricardo Gluck Paul, recentemente eleito e empossado, deve ser no jogo entre Botafogo-PB e Remo, domingo, em João Pessoa. Devido às hostilidades manifestadas em relação ao clube paraense, o dirigente manteve contato com a presidente da Federação Paraibana, Michelle Ramalho, pedindo apoio e assistência à delegação azulina na cidade.
Um gesto oportuno e que revela uma guinada na gestão da FPF, que nos últimos anos praticamente deixava os clubes ao deus-dará. Ricardo decidiu criar um grupo de trabalho com membros das duas federações para tratar de todos os aspectos da partida, em especial a questão da segurança.
“Estamos numa fase decisiva da Série C, é um dever da FPF estar ao lado dos seus filiados em quaisquer circunstâncias. Conversei com o presidente Fábio Bentes e ratifiquei que não mediremos esforços para garantir que o Clube do Remo tenha toda tranquilidade e segurança para desenvolver seu trabalho em busca da classificação”, pontuou Ricardo, que deve acompanhar a delegação remista a João Pessoa.