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GERSON NOGUEIRA: Leão estreia com goleada na Copa Verde

Foto-Wagner Santana/Diário do Pará.
Foto-Wagner Santana/Diário do Pará.

Leão estreia com goleada

Depois de um primeiro tempo sonolento, sem criatividade e com atuação coletiva caótica, o Remo se transfigurou no segundo tempo e conquistou uma vitória empolgante sobre o Humaitá (AC) em sua estreia na Copa Verde. A goleada de 4 a 1 foi toda construída na etapa final, depois que o técnico Marcelo Cabo mudou radicalmente a postura do time em campo.

O jogo começou em ritmo lento, quase de amistoso. Foi piorando aos poucos. O Remo ameaçou aos 5 minutos com uma investida de Pedro Victor, que chutou com perigo. Aos 20’, após cruzamento rasante, o artilheiro Fabinho cabeceou para fora. Seis minutos depois, Pablo Roberto recuperou a bola junto à área, mas o disparo saiu torto.

A manobra mais aguda aconteceu aos 34’, Diego Tavares se enroscou com a zaga do Humaitá, conseguiu ficar com a bola, mas chutou em cima dos zagueiros, desperdiçando boa oportunidade.

Para os visitantes, a situação era cômoda, pois o Remo não agredia e se mostrava dispersivo, com imensos espaços pelos lados. Aos poucos, mesmo sem ter um ataque forte, o Humaitá começou a rondar a área e ameaçar nas cobranças de falta.

Aos 46’, um cruzamento do lateral esquerdo Caetano quase resultou em gol, para susto da torcida azulina. A bola foi na cabeça de Diego Pereira, que desviou com extremo perigo, rente ao poste esquerdo do goleiro Zé Carlos, que substituiu Vinícius.

O fato é que o Remo tinha espaço para jogar, mas não conseguia desenvolver ações ofensivas de qualidade. O time todo parecia desinteressado, como se fosse possível chegar ao gol a qualquer momento. O lance final do Humaitá parece ter acordado os remistas.

Depois do intervalo, sem que Marcelo Cabo tivesse mudado qualquer peça, o time mostrou-se completamente diferente. Partiu para o ataque, adiantou a marcação e tirou a tranquilidade do Humaitá.

Logo aos 6 minutos, Paulinho Curuá acertou um belo chute da entrada da área e o goleiro deu rebote, que Fabinho não perdoou. O gol de abertura do placar tornou o Remo ainda mais dinâmico no meio-de-campo e no ataque.

O segundo veio logo aos 11’, em jogada inspirada de Pablo Roberto, que driblou três marcadores e foi derrubado na área. Ícaro cobrou a penalidade e ampliou, para a explosão da torcida nas arquibancadas. O terceiro, e mais bonito da noite, aconteceu aos 25 minutos: Rodriguinho, que havia acabado de entrar, mandou pelo alto, fora do alcance do goleiro Babau.

Num lance acidental em cobrança de escanteio, o Humaitá descontou aos 27’. Paulinho Curuá desviou de cabeça e a bola enganou o goleiro Zé Carlos. Apesar desse contratempo, o Remo seguiu no ataque e chegou ao quarto gol em cabeceio do zagueiro Ícaro.

A goleada fez esquecer o mau desempenho inicial da equipe e classificou o Leão para a 3ª fase da Copa Verde. Pablo Roberto e Paulinho Curuá foram os destaques. Substituto de Anderson Uchoa, Curuá foi participativo e cresceu no 2º tempo, como todo o time.

 

Tuna cai diante do CSA e Águia encara o Belo

O sonho de avançar à segunda fase da Copa do Brasil parecia possível. A Tuna entrou com uma postura aguerrida, ciente de que precisaria fazer um jogo muito superior às suas apresentações no Campeonato Paraense. Equilibrou as ações nos primeiros minutos, tentou algumas chegadas, mas faltou apuro nas finalizações.

Sem se expor, o CSA só ia à frente de vez em quando. Aos 19 minutos, Balotelli invadiu a área, mas não conseguiu acertar o chute e a bola ficou com o goleiro. Aos 30’, uma escaramuça na área cruzmaltina resultou no gol alagoano. Tomás Bastos aproveitou o rebote e tocou para as redes.

A Tuna tentou não se perturbar com o gol, mas não acertava o passo para buscar o empate. Aos 43’, um bom lance com Welthon terminou nas mãos do goleiro Dalberson. Dedé cabeceou com grande perigo, aos 46’, deixando uma expectativa positiva para a etapa final.

O problema é que o CSA se fechou ainda mais e passou a explorar o contra-ataque, evitando ceder espaços à Tuna. No esforço para reagir, a Lusa confundia pressa com afobação e desperdiçava boas oportunidades.

Dedé se tornou quase um atacante, participando sempre de jogadas na área do CSA. Um cabeceio dele aos 47’ passou muito perto e foi a última chance desperdiçada pela Lusa na partida.

Hoje à tarde, outro representante paraense entra em campo pela Copa do Brasil. No estádio Zinho Oliveira, em Marabá, o Águia recebe o Botafogo-PB. Ao contrário da Tuna, considerada um azarão na disputa, o time marabaense tem mostrado um desempenho melhor na temporada e reúne condições de superar o Belo.

Na 3ª colocação do Parazão, o Águia vem apresentando um jogo rápido, de investidas constantes pelos lados e forte presença de Luan Parede no comando do ataque. A parada é difícil, mas não impossível.

 

Terceiro fracasso seguido abala imagem vencedora do Fla

Com a fama justificada de melhor time do país, o Flamengo faz um começo de temporada muito abaixo das expectativas. Perdeu a Supercopa para o Palmeiras, foi derrotado pelo Al-Hilal no Mundial de Clubes e caiu para o Del Valle na decisão da Recopa Sul-Americana.

Das três decisões, a da Recopa era considerada a mais fácil. O favoritismo rubro-negro era flagrante em relação ao Del Valle. Em campo, porém, o time de Vítor Pereira não conseguiu confirmar a superioridade. Perdeu na ida e se atrapalhou muito na partida de volta.

Chegou ao gol nos instantes finais, em lance que teve falta clara de David Luiz no ataque, mas sucumbiu na série de penalidades. A coincidência funesta de fiascos em tão curto espaço de tempo fez ruir a imagem de time vencedor, talhado para ganhar tudo em 2023.