Expectativa sobre o novo reforço
Para o jogo que pode garantir a classificação à próxima fase, o PSC já terá o reforço do atacante Dalberto, recentemente contratado. Falar em reforço a essa altura do campeonato é brincar com o perigo. Na maioria das vezes, jogadores que chegam como reforços passam longe de honrar o significado da palavra. No próprio Papão abundam casos de frustração de expectativas.
Henan era considerado um bom reforço para o comando do ataque. Depois dele, chegaram Pipico e Marcelinho, ambos decepcionando também. Dalberto tem a responsabilidade de quebrar a sequência ruim e mostrar utilidade. Não é homem-gol, como o PSC tanto precisa, mas sabe oportunizar situações para os companheiros de ataque.
Com apenas três gols marcados desde o ano passado, fica claro que Dalberto não está no melhor momento da carreira. Chega, porém, com a responsabilidade de fortalecer o ataque bicolor, que marcou apenas quatro vezes nas últimas cinco rodadas, sua pior média na competição.
Acostumado a explorar a faixa lateral direita do ataque, Dalberto joga em velocidade explorando a chegada na área ou nas proximidades para cruzar em direção aos companheiros. Finaliza também, mas não é um especialista na definição de jogadas.
A sua provável escalação diante do Figueirense poderá representar um desafogo para os atacantes Marlon e Marcelo Toscano, que não têm conseguido fazer gols nas últimas rodadas. Marlon, principalmente, tem sofrido com a marcação dura dos times que vêm jogar em Belém.
Artilheiro da Série C com sete gols, está há vários jogos sem marcar. A rigor, seu jejum tem muito a ver com o período de baixa exibido pelo PSC na competição. Marlon, pela movimentação e capacidade de definição, é fundamental para o balanço ofensivo do time.
Dalberto pode dividir com Marlon as responsabilidades e a atenção dos adversários, cada vez mais conhecedores dos segredos do time de Márcio Fernandes.
Direto do blog campeão
“Essa pesquisa (Ipec, encomendada pelo jornal O Globo) é quase igual ao kit gay, à mamadeira erótica, à Ferrari de ouro do Lulinha. Época de fake news, que nem mesmo a chamada ‘torcida Fiel’ acredita”.
Antônio Valentim
Copa Verde ameaçada pelo desinteresse da CBF
À medida em que se aproxima a data de divulgação pela CBF do calendário oficial do futebol brasileiro para 2023, aumentam as dúvidas e incertezas sobre a realização da Copa Verde 2022. Até o momento, a competição está em compasso de espera, sem que a entidade se manifeste a respeito.
A postura da CBF constitui um inequívoco desrespeito para com os clubes da Região Norte, notadamente os paraenses. O desinteresse pela Copa Verde é algo que transparece desde a primeira edição do torneio, mas foi ficando ainda mais flagrante nos anos subsequentes.
Nem mesmo a lorota toda sobre uma competição sustentável e preocupada com o meio ambiente serviu para convencer clubes e torcedores. Na prática, de ecológico mesmo só há o verde do nome da copa, pois inexiste a preocupação prática em com projetos e mensagens educativas.
A Copa Verde 2021 foi disputada no início deste ano, o que de certa forma já foi uma sinalização de que ela não cabia no calendário da CBF. Pelo andar da carruagem – e se nenhuma pressão for feita – é provável que a competição acabe simplesmente esquecida.
Mídia trepidante bate tambor por Pedro na Seleção
O centroavante Pedro, do Flamengo, exibe o melhor desempenho entre os atacantes brasileiros nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro. Em 12 partidas, balançou as redes sete vezes e contribuiu para cinco jogadas que resultaram em gol.
Do alto de seus 25 anos, ensaia uma nova candidatura a selecionável para a Copa do Mundo. Se depender dos esforços de parcela da mídia, normalmente simpática ao rubro-negro carioca, Pedro tem grandes chances de ser incluído por Tite na lista dos 26 convocados.
Bom de cabeceio, como nenhum outro dos cotados para ir à Copa, Pedro tem um histórico de lesões que normalmente impedem sequências mais longas. A atual fase é uma das mais produtivas, daí o oba-oba que já começa a circular em relação à Seleção.
No passado, para ganhar vaga no escrete, bastava se destacar em certames brasileiros, até porque o selecionado era formado exclusivamente por atletas que atuavam no Brasil. Mazzola e Jair da Costa, que atuavam na Itália, foram exceções nos anos 60.
Desde os anos 80, as coisas mudaram de configuração. Seleção é quase que exclusivamente para jogadores que atuam fora do Brasil, de preferência na Europa. Os piadistas de plantão incluem jocosamente Itaquera como outro local priorizado por Tite e sua comissão técnica.
Pedro vive um bom momento, provavelmente superior a Gabriel Jesus e Richarlyson, mas não cumpriu o ritual de convocações tão ao gosto de Tite, que dá preferência à regularidade até por saber que a Série A brasileira não é parâmetro para avaliar o nível de jogadores para uma Copa do Mundo.