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Vitória magra, mas importante

Foto: Samara Miranda/Remo
Foto: Samara Miranda/Remo

Foto: Samara Miranda/Remo

A campanha é irrepreensível, com seis pontos em dois jogos e aproveitamento de 100% até agora. O desempenho técnico, porém, ainda está longe do ideal. Ontem, em Ipixuna, o Remo derrotou o São Francisco pelo placar mínimo, manteve a liderança isolada da competição, mas os problemas de posicionamento e criação continuaram visíveis, dificultando a atuação da equipe.

O 1º tempo foi de tentativas tímidas no ataque, poucas finalizações e quase nenhuma chance clara de gol. O São Francisco se defendia com vários jogadores à frente da zaga, o que confundia o meio-de-campo do Remo e atrapalhava as ações ofensivas. Muriqui, como segundo atacante, tentava se movimentar entre as linhas de marcação, mas não encontrava espaço.

Aliás, o posicionamento de Muriqui é algo que segue em aberto. Contra o Independente, na 1ª rodada, passou os primeiros 45 minutos isolado na esquerda. Melhorou na etapa final quando se deslocou para o centro do ataque. Diante do São Francisco, começou também caindo mais pela esquerda e depois foi para o meio, mas só conseguiu finalizar uma vez.

Sem jogadas que facilitem sua entrada na área, o artilheiro fica praticamente sem chances, como ontem. Sem bolas lançadas na área ou trabalhadas para infiltração, Muriqui terá sempre dificuldade para se fazer presente nos jogos. Apesar de ter bom senso de colocação, não tem velocidade para buscar a bola fora da área, como tem sido obrigado a fazer.

O confronto em Ipixuna teve um começo chocho, sem emoções. Só aos 20 minutos surgiu o primeiro lance agudo: Gilmar recebeu livre na área e chutou por cima do gol de Vinícius. Em seguida, Ramon limpou jogada, mas errou o alvo. O Remo chegou aos 26 minutos em tentativa de Soares. Aos 39’, Diego Tavares avançou e mandou um chute no travessão.

Depois do intervalo, o técnico Marcelo Cabo alterou o posicionamento do time na frente. Pedro Victor e Fabinho substituíram Soares e Richard Franco. A presença de Pedro Victor pelo lado esquerdo abriu a marcação do São Francisco e começou a produzir boas situações. Diego Tavares avançava pela direita.

Apesar da evolução, o São Francisco foi quem primeiro ameaçou. Aos 7 minutos, Jordan Gabriel recebeu na intermediária e mandou um chute cruzado, que Vinícius desviou. Refeito do susto, o Remo encaixou dois bons ataques e, aos 16 minutos, chegou ao gol. Depois de escanteio da direita, a bola sobrou para Pedro Victor na entrada da área. Ele disparou um chute que entrou no canto esquerdo do gol de Evandro Gigante.

Sem forçar muito, o Remo procurou se manter no campo de ataque, embora sem muita objetividade. O São Francisco insistia nos contra-ataques e quase chegou ao empate aos 27’ e aos 33’. Jordan e Mateus Dias tiveram boas chances, mas Vinícius fez grandes defesas.

O segundo gol remista quase aconteceu aos 40’, quando Fabinho, livre na pequena área, recebeu um cruzamento perfeito de Pedro Victor, mas tomou a decisão errada e a bola escapou pela linha de fundo.

Ao fim do confronto, Marcelo Cabo valorizou a conquista dos três pontos e as mexidas na forma de jogar na etapa final, mas continuou econômico na nota atribuída ao time: 6,5 – contra o Independente havia dado 6,0.

Águia supera Tuna e mostra força fora de casa

Depois de empatar com o Castanhal, o Águia visitou a Tuna no sábado e obteve a primeira vitória, por 2 a 1. O excelente desempenho como visitante mostra que a equipe marabaense será ainda mais forte em casa. Outro destaque é o Cametá, que venceu na primeira rodada e empatou ontem com o Independente no clássico tocantino.

O Tapajós perdeu de novo (para o Caeté) e amarga a lanterna. Para conter danos, dispensou o técnico Artur Bernardes e contratou Robson Melo.

Real reafirma grandeza e leva para casa o 8º mundial

O Mundial de Clubes, cujo formato vai mudar nos próximos anos, garante ao Real Madrid a condição indiscutível de clube mais vitorioso de todos os tempos. O torneio que põe frente a frente os clubes representantes dos continentes foi vencido oito vezes pelo time espanhol. Sábado, os merengues fizeram a festa novamente, metendo 5 a 3 no Al Hilal sem fazer grande esforço. Vinícius Jr. levou o troféu de melhor do torneio.

O Real, campeão europeu, não precisou de força máxima para avançar até a decisão. Só foi contar com Benzema, seu artilheiro e Bola de Ouro do ano passado, na partida final. O goleiro Courtois e o zagueiro Éder Militão não jogaram. O confronto com o Al Hilal foi se desenrolando do jeito planejado por Carlo Ancelotti. Troca de passes a partir da defesa até a entrada da área adversária, inversão de posicionamento e escapadas de Vinícius Jr.

Foi assim que saiu o primeiro gol, com Vinícius, e depois o segundo, com Valverde. Aí o Real relaxou e Marega descontou. O jogo perigava engrossar no 2º tempo quando, aos 9 minutos, Vinícius deu uma assistência de Trivela para Benzema, que só tocou para as redes.

O terceiro gol abalou o Al Hilal e, logo depois, o uruguaio Valverde surgiu na área para fazer 4 a 1. De cavadinha, o argentino Vietto diminuiu para os sauditas. Foi a deixa para Vinícius brilhar de novo. Com um toque de qualidade, balançou as redes e restaurou a tranquilidade no jogo.

Ainda houve tempo para o terceiro gol do Al Hilal, todo construído pelo brasileiro Michael, que foi à linha de fundo e tocou para Vietto finalizar.

O Real levantou sua oitava taça do Mundial – cinco troféus do atual torneio da Fifa (2014, 2016, 2017, 2018 e 2022) e mais três Copas Intercontinentais (1960, 1998 e 2002). O que torna ainda mais ridícula aquela presepada de cartolas e jogadores rubro-negros “ameaçando” o gigante espanhol. Ainda não apareceu rival à altura para os blancos.

Ah, o Fla finalmente venceu (4 a 2 no Al Ahly) e garantiu o 3º lugar.