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Gerson Nogueira analisa 'vitória fácil' do Paysandu e decisão do Remo na Copa BR

Foto: Wagner Almeida
Foto: Wagner Almeida

Fácil, extremamente fácil

Em ritmo de treino, sem maior esforço, o PSC passou pelo Real Ariquemes e se classificou à próxima fase da Copa Verde, ontem à noite, na Curuzu. O primeiro gol confirmou as fragilidades do visitante, que não conseguia ajustar a marcação sobre os atacantes bicolores. A casa começou a cair muito cedo, o que deixou o visitante ainda mais intranquilo e aumentou a confiança do Papão.

No fim das contas, o placar de 3 a 0 foi até modesto para a ampla vantagem técnica do Papão sobre o Real nos dois tempos. Na primeira etapa, a superioridade ficou mais visível, pois o PSC atacava pelos lados e tinha uma movimentação mais intensa de João Vieira no meio-campo.

Sob pressão permanente, o Real não tinha alternativas para sair de seu campo. Quando recuperava a posse de bola, devolvia imediatamente na forma de ligações diretas. O meio-campo bicolor mostrava-se bem mais encaixado do que nos últimos jogos, talvez pela facilidade encontrada.

Com João Pedro à frente de Jimenez e Vieira, o time bicolor se lançava ao ataque e acionava bastante os atacantes de lado, principalmente Bruno Alves, o mais destacado durante a primeira etapa. Foi num cruzamento dele, aos 9 minutos, que a porteira se abriu.

A bola alta foi lançada na área e testada por Mário Sérgio em meio aos zagueiros. O gol não alterou a maneira de jogar das equipes. O PSC seguiu ocupando o campo de defesa do adversário, enquanto o Real tentava se organizar precariamente.

Depois de algumas chances desperdiçadas, Stéfano meteu a cabeça para fazer o segundo gol, aos 40’. Foi outro cruzamento vindo de um escanteio pelo lado direito. O goleiro Rodrigo fez uma defesa parcial, mas se atrapalhou e acabou colocando a bola para o fundo do barbante.

A impressão era de que, caso forçasse um pouco mais, o PSC chegaria com facilidade ao terceiro gol. O Real estava completamente entregue. Depois do intervalo, o Papão seguiu pressionando. Logo no começo, Mário Sérgio não desperdiçou o cruzamento de Bruno e marcou 3 a 0.

Os bicolores nem tinham um desempenho tão destacado, mas aproveitavam bem os espaços que surgiam no meio-campo e no sistema de defesa do Real. Foi aí que Márcio Fernandes começou a fazer mudanças no time, tornando o PSC ainda mais dominante.

Eltinho, novamente apagado, foi substituído por Juan Tavares. Jimenez, discreto, saiu para a entrada de Rithely, que deu mais consistência à meia-cancha. Hernandez também entrou bem na partida, substituindo João Pedro. Foram mudanças pontuais, que fizeram o Papão ganhar força para ir em busca da goleada, mas o placar não foi mais movimentado.

Além de Mário Sérgio e Bruno Alves, bem entrosados, Stéfano teve boa movimentação na frente. O conjunto bicolor nem pode ser avaliado porque o adversário estava inteiramente entregue desde o início. Aliás, depois de ontem, não dá para imaginar como o Castanhal tomou três gols do Real.

 

Leão encara a primeira decisão da temporada

Foto: Samara Miranda/Remo

Contra o Vitória-ES, hoje à noite, o Remo faz sua primeira final na temporada. Precisa vencer ou empatar para seguir em frente na Copa do Brasil, de olho na premiação que a competição oferece. Apesar de ter um maior investimento, a equipe paraense terá pela frente um adversário aguerrido e apoiado pela torcida no alçapão que é o estádio Salvador Costa.

Sem o meia Soares, vetado ontem, o técnico Marcelo Cabo deve manter o time que vem jogando no Parazão e conquistando vitórias – é o líder isolado, com três triunfos em três rodadas.

O grande enigma é justamente o comportamento da equipe neste primeiro jogo eliminatório. Apesar de liderar o Parazão, o Remo não convenceu por inteiro. Tem tido bons lampejos, mas sofre apagões defensivos.

Muriqui, seu principal goleador na temporada, vai exercer hoje o papel de meia de ligação, substituindo Soares na função. No ataque, Diego Tavares e Pedro Victor, provavelmente. É um desenho que o Remo já executa desde a estreia no campeonato estadual.

Resta saber como funcionará diante de um adversário que deve ser mais agudo e buscar mais o gol, pois a vitória é o único resultado que lhe interessa. Para o decorrer do jogo, Marcelo Cabo tem alternativas para tornar o time mais agudo nos contra-ataques.

Ronald e Fabinho, este como atacante centralizado, são opções para a frente, enquanto Rodriguinho e Paulinho Curuá podem entrar na meia-cancha.

 

Apesar dos racistas, Vinicius segue fazendo gols e bailando

Foto: Real Madrid/divulgação

Sob a perseguição raivosa de racistas e neonazistas espanhóis, Vinícius Jr. está dando a melhor resposta que um atleta de futebol pode dar: fazendo gols e mostrando talento. Em atuação brilhante, fez gols e assistências primorosas contra o Liverpool, anteontem, pela Liga dos Campeões.

Contribuiu de maneira gigante para a surpreendente goleada que o Real Madrid aplicou sobre o Liverpool dentro de Anfield. Aliás, com 5 a 2 na partida de ida, o Real praticamente garantiu a classificação.

Quanto mais apanha de seus marcadores e é xingado nas arquibancadas, mis futebol ele entrega. A nojenta cruzada de intolerância contra o brasileiro é desmoralizada a cada novo clássico envolvendo o Real.

Apesar da vergonhosa impunidade que cerca esse estado de coisas na Espanha, Vinícius mostra coragem, ousadia e confiança para driblar, dar passes e chutar em gol. Até o fundamento da finalização, no qual era limitador, ele passou a dominar.

Pior ainda para a Fifa, cuja lista de nominados ao troféu de Melhor do Mundo não incluiu Vinícius. Uma aberração que só é explicada pelos obscuros caminhos do marketing que a entidade pratica. A ideia óbvia é garantir a entrega consagradora do prêmio a Messi.

E sobra também para Tite, o professor pardal que desgraçou a Seleção Brasileira em duas Copas com suas estratégias de pé quebrado. No jogo decisivo contra a Croácia, Vinícius foi substituído aos 18 anos do 2º tempo, deixando o time simplesmente sem seu mais letal atacante.