Com a marca do artilheiro
Artilheiro que se preza aparece sempre no momento certo, mesmo que tenha sido figura apagada ao longo do jogo. Foi exatamente o que se viu ontem à noite na Curuzu. A estrela de Mário Sérgio, centroavante do PSC, brilhou quando o time mais precisava dele. Depois de muitas tentativas mal sucedidas, o gol saiu em cabeceio certeiro do camisa 9.
Ricardinho, que havia entrado no segundo tempo para finalmente estrear no campeonato, fez sua parte. Recolheu a bola no lado direito do ataque e mandou um cruzamento perfeito para Mário Sérgio, que só desviou para o fundo das redes do Bragantino.
Por justiça, se é que isso existe no futebol, o resultado correto seria o empate. Nem o PSC, nem o Bragantino fizeram por merecer os três pontos. Apesar de tomar a iniciativa e reter a bola por mais tempo, o time bicolor foi improdutivo na maior parte do tempo.
Mesmo sem inspiração para pressionar o Bragantino, criou alguma coisa apenas na primeira etapa, principalmente pelo esforço individual de Vicente e Bruno Alves, novamente em destaque. É justo dizer que Mário Sérgio, candidato a ídolo da Fiel, fazia partida discretíssima, sumido das manobras de ataque.
Depois do intervalo, ao invés de aumentar a pressão em busca da vitória, o Papão se limitava a ficar trocando passes inúteis no meio-campo, sem força para sufocar a última linha bragantina. Aos poucos, o visitante começou a se assanhar, explorando contra-ataques iniciados sempre pelo bom Edcléber, um dos melhores em campo.
Uma das participações dele foi no passe perfeito para o atacante Marudá avançar entre os zagueiros Boca Negra e Vanderson até ser derrubado pelo goleiro Thiago Coelho, junto à linha da grande área.
Foi uma falta providencial – e mal punida pelo árbitro, que optou em dar o amarelo em lance claro de cartão vermelho. Último defensor, Thiago precisou parar o lance a fim de evitar que o atacante entrasse livre na área. Um lance capital, que evidenciou as limitações da nova safra de árbitros.
Apesar das trocas feitas pelo técnico Márcio Fernandes, o PSC seguia em ritmo lento, quase modorrento. O empate parecia desenhado quando Ricardinho, que havia substituído Igor Bosel, descolou um cruzamento baixo na área e encontrou Mário Sérgio bem posicionado. O artilheiro se antecipou à zaga e meteu a cabeça para abrir o placar, aos 41 minutos.
A vitória, difícil e obtida em lance isolado, garante a manutenção da campanha 100% e a vice-liderança do Parazão com o mesmo número de pontos do Remo – o PSC perde apenas na quantidade de gols marcados.
No final, um protesto furioso e despropositado da comissão técnica do PSC contra os 12 minutos de acréscimos, decisão correta do árbitro.
Leão estreia na Copa Verde com obrigação de vencer
Não há meio-termo para os azulinos no jogo contra o Humaitá, hoje à noite, no Baenão. É vencer ou vencer. Afinal, na condição natural de candidato a finalista da Copa Verde, o Leão não pode nem pensar em sofrer um tropeço na estreia diante de seu torcedor.
A maratona de jogos tem causado alguns prejuízos pontuais ao elenco azulino, mas a Copa Verde virou questão de honra neste começo de temporada, depois que o time deixou de participar da edição de 2022, só definida depois que o elenco do Remo foi desmanchado.
Por tudo isso, o Remo nem pode se dar ao luxo de lançar um time mesclado. Precisa garantir a vitória e se igualar ao PSC, que despachou o Real Ariquemes na semana passada.
Lucas Mendes, grande figura diante do Cametá e expulso no final daquela partida, é presença certa no confronto de hoje, mas o artilheiro Muriqui fica de fora, depois de sofrer lesão muscular. Jean Silva e Leonan, ainda em recuperação, também desfalcam o time.
Fabinho, principal destaque da equipe diante do Mapará e artilheiro do Leão no Parazão, comanda o ataque, tendo Pedro Victor e Diego Tavares como companheiros de linha. O meio-campo deve ter a mesma formação dos últimos jogos: Uchoa, Richard Franco e Pablo Roberto.
O desafio azulino é superar o desgaste físico para repetir o mesmo nível de desempenho da partida contra o Cametá.
Copa do Brasil: Tuna recebe CSA de olho na premiação
Com R$ 900 mil de prêmio em jogo, não há time que não se empolgue neste começo de Copa do Brasil. É o que ocorre com a Tuna, que enfrenta o CSA (AL) hoje à tarde no Souza. Cruzamento difícil e imprevisível, mas com leve vantagem dos visitantes, que também contam com o resultado do empate em seu favor.
A Lusa, que venceu apenas um jogo no Parazão – contra o Caeté, sábado –, entra disposta a surpreender os alagoanos, apostando na mística do velho estádio Francisco Vasques e no incentivo de sua ruidosa torcida.
Pelo que exibiu até agora na temporada, o time treinado por Josué Teixeira terá que se superar para arrancar a classificação. Com deficiências em todos os setores e um elenco limitado, o técnico faz o que pode, mas contra um time mais forte as fragilidades ficam expostas.
Por sorte, o CSA também não vive lá um grande momento. Fora da Copa do Nordeste deste ano, amarga a eliminação da fase principal do certame alagoano. A chance cruzmaltina pode estar justamente aí.