AVALIAÇÃO

Gerson Nogueira analisa empate do Paysandu: 'Faltou caprichar um pouco mais'

Mais uma vez o Paysandu decepcionou os seus torcedores ao empatar, por 1 a 1, com o CRB-AL, no Mangueirão, neste domingo
Mais uma vez o Paysandu decepcionou os seus torcedores ao empatar, por 1 a 1, com o CRB-AL, no Mangueirão, neste domingo. Foto: Mauro Ângelo/Diário do Pará

O empate em 1 a 1 aparentemente não foi bom para o PSC, que está na parte inferior da classificação, mas nas circunstâncias o resultado foi até interessante. Os gols foram marcados na etapa inicial, quando o ritmo da partida foi mais forte, mas os 30 minutos finais favoreceram o CRB, que jogou com um homem a mais – Leandro Vilela foi expulso.

Com cerca de 27 mil torcedores nas arquibancadas, o PSC entrou forçando o jogo sobre a defensiva do CRB. Criou várias chances, como no cabeceio de Borasi que o goleiro Matheus Albino espalmou no susto, aos 8 minutos. O mesmo Borasi finalizou cruzado, para nova defesa Albino, aos 12’.

Benítez também desperdiçou dois bons lances de área. O problema é que, mesmo com oportunidades claras, o time não acertava nas finalizações. Faltava um capricho mais, um encaixe melhor na hora de chutar para o gol.

O CRB ameaçava pouco, embora desenvolvesse um jogo de qualidade na troca de passes. Metódico, parecia satisfeito com o empate, mas criava problemas quando acelerava para cima da defesa do PSC.

Aos 40 minutos, o CRB abriu o placar. Thiaguinho invadiu pelo lado esquerdo, levou vantagem sobre Martinez (que estava lesionado) e Luan Freitas. Diante da aproximação de Novillo, chutou rasteiro entre o goleiro Matheus Nogueira e o poste direito da trave.

Apenas três minutos depois, em avanço rápido pelo meio, Matheus Vargas achou Reverson entre os zagueiros e o lateral bateu na saída do goleiro Albino, empatando o placar e voltando a colocar o Papão no jogo.

Na segunda etapa, o PSC voltou a cercar a área do CRB. Matheus Vargas quase desempatou em chute alto que o goleiro espalmou espetacularmente. Logo em seguida, aos 14 minutos, o volante Leandro Vilela atingiu por trás com violência o atacante Breno Herculano e levou o cartão vermelho, após o árbitro consultar o VAR.

Com 10 homens, o PSC fechou mais a zaga e fez o que era possível fazer em termos ofensivos. Nicolas teve excelente chance aos 24’, mas raspou de cabeça uma bola que podia ter sido testada para o gol.

O CRB cadenciou o jogo, avançava pouco, mas esteve perto da vitória em cabeceio de Mikael de cima para baixo, que Matheus Nogueira defendeu brilhantemente, à la Gordon Banks, junto ao pé da trave, aos 48’.

A torcida saiu frustrada, mas o resultado não foi totalmente negativo. Podia ter sido pior. A equipe conquistou o segundo ponto e segue em 18º lugar, sem vencer há sete partidas – duas pela Copa Verde e cinco na Série B.

Gol salvador e a defesa do Remo

Gol salvador reforça o papel de Reynaldo

Reynaldo não era o zagueiro mais festejado pela torcida do Remo desde que ganhou a condição de titular ainda sob o comando de Rodrigo Santana. Despertava desconfianças porque parecia excessivamente lento. Parecia inferior a Lucão, mas o técnico o manteve no time.

Quando Daniel Paulista chegou, Reynaldo foi mantido na zaga, ao lado de William Klaus. O período de treinos em Barcarena durante a paralisação do Parazão se encarregou de consolidar a parte atlética do elenco e o zagueiro foi um dos mais beneficiados pela nova condição.

Durante toda a boa campanha do Remo na Série B, Reynaldo tem se destacado ao lado de Klaus pela segurança e participação efetiva nas bolas aéreas, tanto defensivas quanto ofensivas.

O Criciúma sentiu na própria pele a qualidade de Reynaldo quando se lança ao ataque. Nos instantes finais da partida de sexta-feira, no estádio Heriberto Hulse, em Criciúma, Reynaldo venceu a marcação dos zagueiros catarinenses e desviou para as redes o cruzamento de Sávio.

A reação heroica do Remo em busca do empate, atuando com 10 homens desde a contusão sofrida por Maxwell a 15 minutos do final, foi coroada pelo cabeceio do zagueiro central. Um gol que traz ainda mais confiança a um jogador que evoluiu muito desde a chegada de Daniel Paulista.

Ancelotti e a CBF

Em baixa, Ancelotti fica perto de acerto com a CBF

Em seu melhor momento na temporada, quando o Real Madrid havia acabado de conquistar a Liga dos Campeões e o Mundial de Clubes, o italiano Carlo Ancelotti não deu muita importância ao convite da CBF para assumir o comando da Seleção Brasileira.

Colocou até em dúvida as palavras do presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, que garantiu ter uma espécie de acordo firmado com o treinador. No começo deste ano, voltou a falar sobre o assunto e aí desmentiu mesmo, garantindo que não tinha sido nem procurado.

Repentinamente, os ventos mudaram, o Real entrou numa espiral de maus resultados – eliminado da Liga dos Campeões – e os entendimentos com a CBF ganharam fôlego. Ancelotti, segundo jornalistas italianos e espanhóis, estaria disposto a fechar contrato para dirigir a Seleção Brasileira.

Teria até decidido não ficar mais no Real para a disputa do Mundial da Fifa. A notícia, obviamente, ainda carece de confirmação, mas representa uma mudança importante no rosário de incertezas que ronda o comando do escrete canarinho em meio às Eliminatórias.