ANÁLISE

Gerson Nogueira: 'A importância de uma taça'

O PSC entra em campo hoje à noite contra o Goiás disposto a conquistar sua quinta Copa Verde, torneio regional pouco valorizado.

O PSC entra em campo hoje à noite contra o Goiás disposto a conquistar sua quinta Copa Verde, torneio regional pouco valorizado
O PSC entra em campo hoje à noite contra o Goiás disposto a conquistar sua quinta Copa Verde, torneio regional pouco valorizado Foto: Jorge Luís Totti/Paysandu

O PSC entra em campo hoje à noite contra o Goiás disposto a conquistar sua quinta Copa Verde, torneio regional pouco valorizado, mas que pode ter um papel importante na caminhada dos bicolores neste começo de temporada. Uma vitória vai além do torneio. Pode representar um grande impulso para recuperação no Campeonato Brasileiro, onde a equipe vai mal.

É a nona decisão com a presença do PSC, recordista absoluto de conquistas na Copa Verde. Desta vez, o favoritismo está com os donos da casa, mesmo que de forma discreta. O Goiás vive um momento ligeiramente melhor, posicionado em 8º lugar na Série B.

Na comparação direta, as equipes se equivalem. O empate no confronto de ida em Belém retratou esse cenário. Goiás e PSC têm projetos semelhantes: renovaram seus elencos e têm investimentos pesados em contratações.

O problema é o rendimento atual dos times. O Goiás vem testando formações, mas conseguiu encontrar o caminho das vitórias sob o comando de Vagner Mancini. O PSC de Luizinho Lopes não vence há cinco jogos, não faz gols há quatro e não tem uma formação definida.

As escalações mudam a cada partida, o que afeta o entrosamento e revela as indecisões do técnico. A cansativa maratona de jogos, um a cada três dias, também não contribui para que o PSC se erga tecnicamente.

A excessiva dependência de Rossi expõe as limitações do elenco. Jogador com mais participações em lances de gol (oito marcados e cinco assistências), o atacante fez muita falta nos jogos contra a Chapecoense (quando ele foi substituído no intervalo) e Operário-PR.

Rossi foi preservado para a final da Copa Verde e é o jogador que carrega as esperanças da torcida. Ao mesmo tempo, é quem arca com a maior responsabilidade pelo desempenho do time. A dupla com Nicolas, que chegou a empolgar no Parazão, não tem se sustentado no Brasileiro.

Para conter a previsível pressão do Goiás, Luizinho deve reforçar o bloqueio no meio-campo. Quintana, lesionado, é a baixa no setor defensivo. Deve ser substituído por Martínez. No meio, há a possibilidade da entrada de Giovanni, ao lado de Leandro Vilela e Mateus Vargas.

Pedro Rocha: O Artilheiro Improvável do Leão

Artilheiro do Brasileiro com quatro gols, Pedro Rocha não sinalizava no Parazão a evolução e o aproveitamento que mostra na Série B. Depois de gols perdidos aos montes contra adversários modestos do campeonato estadual, ele se transformou por completo na competição nacional.

Passou da condição de aspirante a um lugar no ataque do Remo para o papel de titular indiscutível, a partir de gols importantes e decisivos. As maiores dúvidas sobre a produção ofensiva do time foram afastadas pela presença decisiva de Pedro Rocha.

Marcou gols em três dos quatro jogos do Remo – contra América-MG, Botafogo-SP e Coritiba. Gols muito bonitos, como o que fez em Ribeirão Preto, tirando a bola do alcance do goleiro. Ou o tiro de cabeça contra o América, no Mangueirão.

Nenhum, porém, mais vistoso e significativo do que o gol que garantiu a difícil vitória sobre o Coritiba. A pancada certeira fechou uma jogada brilhante, iniciada lá atrás e que envolveu quatro passes perfeitos.

O início de temporada no Brasileiro já é o melhor da carreira de Pedro Rocha, que surgiu no Grêmio e rodou por vários clubes, mas que passa por um momento de retomada e reposicionamento em campo.

Sorte do Remo, que ganhou um artilheiro improvável num elenco que tinha outros candidatos a esse papel.

Rádio Clube do Pará: A Voz que Ecoa pelo Mundo

A Rádio Clube do Pará chega aos 97 anos, ganhando aplausos merecidos e colhendo os frutos de uma trajetória gloriosa. Há muito tempo deixou de ser uma emissora comum para se tornar definitivamente referência em comunicação. Tornou-se, por assim dizer, fundamental – no estrito significado do termo.

Após quase um século de vida, a capacidade de conectar mundos vai ao infinito – e além. A internet fez o clássico slogan “A Voz que fala e canta para a planície” se tornar quase obsoleto em tempos de irrefreável expansão tecnológica. Cabe refazer a frase: a voz hoje fala para o mundo.

Apesar disso, a PRC-5 continua a ecoar nas minhas memórias auditivas, agora transmitindo em frequência modulada as vozes imortais de Edyr Proença e outros bambas da comunicação radiofônica.

Edyr está sempre presente naqueles que fazem a Clube ser o que é. Nesse sentido, o trio GuerreiroCastilhoCláudio simboliza o que mestre Edyr cravou como marcas do radiojornalismo esportivo: verdade, ética e respeito pelo ouvinte.

Parabéns à nossa amada e eterna Rádio Clube.