A polêmica envolvendo o repórter amazonense Breendo Teixeira ganhou novos desdobramentos nesta terça-feira (2). Após a forte repercussão negativa de vídeos publicados em seus stories no Instagram, nos quais ofendia o povo paraense e criticava a estrutura do Aeroporto Internacional de Belém e a cidade, o comunicador apagou os conteúdos ofensivos e publicou um vídeo de cerca de dois minutos com um pedido público de desculpas.
No novo vídeo, postado no feed, Breendo adota um tom mais contido, reconhece o erro e se desculpa pelas declarações classificadas como preconceituosas e xenofóbicas. Ele também pediu que internautas não direcionem mensagens de ódio a seus familiares e ao companheiro, diante da onda de críticas gerada pelas postagens anteriores.
Em um dos vídeos publicados antes de deixar a capital paraense, ele afirmou:
“Já estamos aqui nesse aeroporto horrendo, gente. O aeroporto de Belém. É ridículo. Parece os paraenses: feio e pobre. […] Cidade feia, fedorenta, cheirando a paraense.”
A reação foi imediata. Internautas de todo o país, especialmente do Pará, repudiaram a fala e cobraram providências. Personalidades também se posicionaram, como a influenciadora Isis Vieira, que publicou uma resposta contundente exigindo respeito à cultura e ao povo paraense.
O episódio também gerou confusão quanto ao vínculo profissional do repórter. Nas redes sociais, ele foi frequentemente associado à TV Diário AM, do Grupo Diário de Comunicação (GDC), sediado em Manaus. A emissora se manifestou oficialmente, esclarecendo que Breendo não faz mais parte de seu quadro de colaboradores desde 2024.
Em nota publicada nas redes, o GDC repudiou as falas xenofóbicas e reafirmou seu compromisso com a ética, a diversidade e o combate a qualquer forma de preconceito:
“Repudiamos veementemente qualquer tipo de manifestação preconceituosa, especialmente contra nossos irmãos nortistas do Pará, povo pelo qual temos profundo respeito e admiração.”
A repercussão do caso reforça a necessidade de responsabilidade no uso das redes sociais, especialmente por parte de comunicadores públicos. Mais do que um pedido de desculpas, é esperado que o episódio sirva de aprendizado sobre os limites entre opinião, desrespeito e discurso de ódio.