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Entenda sobre burnon, a 'doença' dos apaixonados pelo trabalho

O Ministério da Saúde recentemente atualizou a lista de doenças relacionadas ao trabalho, na ocasião incluiu a Síndrome de Burnout nesse grupo, como uma condição ocupacional
Especialistas estão preocupados com o "burnon", um fenômeno onde a paixão pelo trabalho pode levar a problemas de saúde devido ao estresse crônico Foto: Ilustração/Canva

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Um fenômeno emergente chamado ‘burnon‘ está preocupando psicólogos e profissionais de saúde mental. Enquanto o burnout é bem conhecido por seus sintomas de exaustão, desempenho reduzido e cinismo em relação ao trabalho, o burnon é uma condição diferente, caracterizada por uma paixão excessiva pelo trabalho que pode levar a tensões crônicas e problemas de saúde.

Segundo especialistas, as pessoas afetadas pelo burnon exibem uma conexão intensa e entusiasmada com seu trabalho, muitas vezes descrita como uma “super excitação”. No entanto, esse entusiasmo pode se transformar em estresse constante, resultando em sintomas físicos como dores no pescoço, costas, dores de cabeça e bruxismo.

O Dr. Timo Schiele, psicólogo envolvido no estudo do burnon, alerta que, além das consequências psicológicas, como depressão e ansiedade, os afetados também podem desenvolver problemas de saúde física, como pressão alta, que aumenta significativamente o risco de ataques cardíacos e derrames.

As causas do burnon são multifacetadas, incluindo a pressão por sucesso profissional, competição intensa e crises econômicas. Em um mundo onde o reconhecimento social e a realização profissional são altamente valorizados, muitas pessoas se sentem compelidas a se dedicar excessivamente ao trabalho, colocando-as em risco de desenvolver essa síndrome.

Segundo Schiele, é crucial reconhecer o problema e reavaliar os próprios valores pessoais para escapar da armadilha do burnon. Muitas vezes, as pessoas apaixonadas pelo trabalho tendem a negligenciar suas próprias necessidades em meio ao estresse cotidiano, o que pode levar a uma insatisfação crescente.

Portanto, é essencial fazer uma pausa e refletir sobre como estamos preenchendo nossas vidas diárias e se estamos direcionando nossa energia para as áreas certas. Se a resposta for negativa, é hora de fazer mudanças e buscar equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, antes que o burnon se torne uma condição debilitante.