JC Concursos
Quem ainda pretende prestar o Concurso Nacional Unificado tem somente até a próxima sexta-feira (9) para se inscrever. Estão em disputa 6.640 vagas em 21 órgãos públicos federais.
De acordo com o último balanço divulgado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, pasta que idealizou o certame, o número de inscritos já ultrapassou um milhão.
Serão selecionados 5.948 servidores para cargos de nível superior e 692 para funções com exigência de ensino médio — haverá também formação de cadastro reserva. Em início de carreira, as remunerações variam de R$ 3.741,84 a R$ 22.921,71.
As inscrições são recebidas exclusivamente pela página www.cpnu.cesgranrio.org.br. Para acessar o site, é necessário ter conta na plataforma gov.br (nível ouro, prata ou bronze). As taxas custam:
- R$ 60 (nível médio);
- R$ 90 (nível superior).
O prazo para solicitar isenção do pagamento terminou 26 de janeiro. Segundo o governo, 517 mil pedidos de gratuidade foram aceitos. Tiveram direito ao benefício pessoas que se enquadram em uma das condições abaixo:
- beneficiárias do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico);
- doadoras de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde;
- bolsistas ou ex-bolsistas do Programa Universidade para Todos (ProUni);
- beneficiárias ou ex-beneficiárias do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
O governo federal trata o certame como um modelo inovador para admissão de servidores públicos, já que os participantes têm a possibilidade de concorrer a mais de um cargo em diferentes órgãos.
Para isso, o processo seletivo está dividido entre blocos temáticos, que agrupam órgãos e carreiras de aptidões similares. Pagando uma única taxa de inscrição, os candidatos podem escolher uma entre oito áreas onde desejam trabalhar:
- infraestrutura, exatas e engenharias (727 vagas);
- tecnologia, dados e informação (597 vagas);
- ambiental, agrário e biológicas (530 vagas);
- trabalho e saúde do servidor (971 vagas);
- educação, saúde, desenvolvimento social e direitos humanos (1.016 vagas);
- setores econômicos e regulação (359 vagas);
- gestão governamental e administração pública (1.748 vagas);
- nível intermediário (692 vagas).
No momento da inscrição, além de optar por um dos blocos temáticos, os candidatos devem elencar a ordem de preferência entre as oportunidades disponíveis dentro da respectiva área escolhida.
Para algumas carreiras, a seleção envolverá, ainda, etapas como análise de títulos (com envio dos documentos comprobatórios entre 29 de junho e 1º de julho) e curso de formação (em datas a serem oportunamente informadas).
A divulgação das notas da primeira fase ocorrerá em 3 de junho, enquanto os resultados finais serão anunciados em 30 de julho. Os aprovados começarão a ser chamados a partir de 5 de agosto.
Instituído por meio de decreto divulgado em 29 de setembro do ano passado, no Diário Oficial da União, o certame é inspirado no modelo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Por essa razão, tem sido chamado de “Enem dos Concursos”.
Em coletiva de imprensa realizada em 10 de janeiro, data de lançamento dos editais, a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, deu detalhes sobre o funcionamento da seleção (assista à íntegra abaixo).
Quais são os órgãos participantes?
Voluntária, a adesão dos órgãos ao Concurso Nacional Unificado pôde ser feita até outubro do ano passado. No total, 21 instituições estão participando da seleção. São elas:
- Advocacia-Geral da União (AGU) — 400 vagas;
- Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) — 40 vagas;
- Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) — 35 vagas;
- Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) — 30 vagas;
- Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) — 502 vagas;
- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) — 895 vagas;
- Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) — 742 vagas;
- Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) — 50 vagas;
- Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) — 520 vagas;
- Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) — 296 vagas;
- Ministério da Cultura (MinC) — 50 vagas;
- Ministério da Educação (MEC) — 70 vagas;
- Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) — 1.480 vagas;
- Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) — 130 vagas;
- Ministério da Saúde — 220 vagas;
- Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDCI) — 110 vagas;
- Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO) — 60 vagas;
- Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) — 900 vagas;
- Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) — 40 vagas;
- Ministério dos Povos Indígenas (MPI) — 30 vagas;
- Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) — 40 vagas.
Há vagas para arquiteto, administrador, analista técnico-administrativo, técnico de laboratório, engenheiro, contador, médico, entre outras diversas carreiras (veja a relação completa aqui). Em relação às cotas, os editais reservam:
- 20% das vagas para pessoas negras;
- 5% das vagas para pessoas com deficiência;
- 30% das vagas para indígenas no quadro de servidores da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
Provas em 220 cidades
As avaliações serão realizadas simultaneamente em 220 cidades espalhadas por todas as regiões do país (veja a lista mais abaixo), assim distribuídas: 61 no Nordeste, 70 no Sudeste, 40 no Norte, 27 no Sul e 22 no Centro-Oeste.
Para escolha dos municípios, o governo federal levou em consideração aspectos como densidade populacional, raio de influência microrregional e facilidade de acesso.
Segundo o MGI, 94% dos brasileiros estão a até 100km de um dos locais de provas.
- Pará: Altamira, Ananindeua, Belém, Bragança, Breves, Cametá, Itaituba, Marabá, Monte Alegre, Oriximiná, Paragominas, Parauapebas, Redenção, Santana do Araguaia, Santarém, São Félix do Xingu e Tucuruí.