
O Remo fez uma boa partida, repetindo o comportamento de partidas recentes, com marcação forte e transição rápida em busca do gol. O placar de 1 a 1 é positivo a essa altura da disputa, mas o empate sofrido no final gerou frustração, amplificada pela revolta com a equivocada anulação de um gol de Régis aos 35 minutos da etapa final.
No começo, o Remo buscou pressionar o Atlético-GO, avançando a marcação e espetando Adailton e Pedro Rocha entre os zagueiros. Controlou as investidas do adversário e quase marcou aos 17 minutos, quando Pedro Rocha desperdiçou um belo cruzamento de Adailton.
A estratégia do contra-ataque deu certo na segunda etapa, logo aos 7 minutos. Pedro Castro fez lançamento longo para Adailton na ponta-esquerda. O atacante avançou, driblou um marcador e cruzou na pequena área para o artilheiro Pedro Rocha finalizar para as redes.
Com a vantagem, o Remo ficou ainda mais forte para executar seu plano de jogo. O Atlético tinha a bola, mas não era objetivo. Adailton e Pedro Rocha eram lançados e criavam seguidas dificuldades para a zaga atleticana.
A movimentação melhorou quando Régis e Felipe Vizeu substituíram Adailton e Rocha. Veio então o lance fatídico, aos 35’ do 2º tempo. Régis lançou Felipe Vizeu, que disparou pela esquerda, deixou um marcador pelo caminho e cruzou para o próprio Régis completar para as redes. Execução perfeita, mas, após a comemoração, veio a decepção.
Chamado ao VAR, o árbitro amapaense Thailan Azevedo invalidou o gol, apontando falta na origem da jogada. O curioso é que ele havia acompanhado o lance de perto, considerando normal a disputa por espaço entre Daniel Cabral e Federico. O auxiliar também não viu falta.
A pressão da comissão técnica e da torcida funcionou. O árbitro recuou e anulou o gol, o que gerou protestos dos azulinos em campo, e inspirou uma indignada nota oficial da diretoria divulgada após a partida.
Aos 50 minutos, o Atlético lançou bola na área, Caio Vinícius tentou cortar, mas cabeceou para trás, acertando a trave esquerda de Marcelo Rangel. No rebote, o centroavante Sandro Lima aproveitou para empatar.
Nas circunstâncias, o resultado frustrou as expectativas, mas o ponto conquistado fora de casa deve ser valorizado. O Remo segue invicto (o único nas duas divisões principais) e no G4.
Papão fica no 0 a 0, mas dá sinais de evolução
A partida foi marcada pelo equilíbrio durante os dois tempos, inclusive na quantidade de erros de finalização. O placar de 0 a 0 define bem o que fizeram PSC e Goiás. No início, a presença goiana foi mais acentuada, embora Anselmo Ramon tenha errado todas as tentativas. Depois, os bicolores chegaram em situações agudas puxadas por Rossi e Edilson.
Na primeira etapa, o PSC só mostrou mais ímpeto a partir dos 25 minutos, através de Benítez, que incomodou a defesa do Goiás com correria e uma tentativa que explodiu nos zagueiros. Matheus Vargas tentou acertar de longe, mas Tadeu estava bem posicionado.
Willian Lepo quase abriu o marcador, aos 5 minutos do 2º tempo. Edilson salvou em cima da linha. O Goiás voltou decidido a buscar o gol. Pedrinho bateu com perigo, mas Matheus Nogueira agarrou.
Nicolas, de cabeça, e Benítez apareceram bem em dois lances, mas Tadeu defendeu. Quase aos 30’, Rossi fez cobrança de falta, que passou perto do travessão. Logo em seguida, Edilson entrou na área, mas tomou a decisão errada e a jogada foi desperdiçada.
Em resposta, Anselmo Ramon puxou contra-ataque e tentou vencer Matheus Nogueira, chutando em direção ao gol, mas a bola atravessou a pequena área e saiu pelo fundo. Grande chance do Goiás.
Apesar da evolução, com o esforço para tentar impor intensidade, a falta de contundência ofensiva ainda atrapalha o Papão.
Tropa de choque mostra quem manda na CBF
A mobilização foi impressionante. Entre sexta-feira (16) à noite e domingo (18), a nata da cartolagem nacional se reuniu e fechou apoio ao quase desconhecido Samir Xaud, presidente da Federação Roraimense, para encabeçar chapa única na eleição da CBF, marcada para 25 de maio.
Tudo muito rápido e prático, como para não dar tempo para que forças opostas se organizassem. É óbvio que todos esses movimentos já estavam programados desde a queda de Ednaldo Rodrigues. Ação de gente poderosa que sempre se movimentou nas sombras dentro da entidade.
O apoio maciço de 25 federações e 10 clubes (incluindo a dupla Re-Pa) a Xaud veio como um rolo compressor e inviabilizou a tentativa de emplacar a candidatura do presidente da Federação Paulista, Reinaldo Carneiro.
A novidade para o futebol paraense é a inclusão do presidente da FPF, Ricardo Gluck Paul, como vice na chapa de Xaud.
Uma ligeira pausa
A coluna dá uma ligeira pausa, para descanso dos indômitos baluartes. Voltaremos no começo de junho, a tempo de acompanhar o Mundial de Clubes e o final do turno da Série B.