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Em Angola, Lula critica concentração de renda

Lula e o presidente de Angola, João Lourenço, tiveram encontro bilateral nesta sexta, em Luanda. Foto: Ricardo Stuckert / PR
Lula e o presidente de Angola, João Lourenço, tiveram encontro bilateral nesta sexta, em Luanda. Foto: Ricardo Stuckert / PR

SALVADOR, BA (UOL/FOLHAPRESS) – O presidente Lula (PT) criticou, durante discurso em Luanda, capital da Angola, nesta sexta-feira (25), a concentração de riqueza. Ele disse que está engajado em uma campanha mundial contra a desigualdade social.

Lula cobrou “indignação” das pessoas contra a concentração de riqueza. “Por mais que a gente lute, a concentração de riqueza vem aumentando. Cada vez mais o 1% tem mais riqueza, e os 50% mais pobres estão cada vez mais pobres. Eu espero que, com essa honraria e medalha no peito, quem sabe alimentado pela inteligência, pensamento revolucionário de Agostinho Neto, eu possa conseguir o intento de convencer a humanidade a se indignar contra a desigualdade”.

O presidente citou uma campanha mundial contra os diferentes tipos de desigualdades e reuniões com lideranças internacionais sobre o assunto. “A desigualdade, ela existe em tantos lugares que muitas vezes só olhamos para nós, e não vemos que a desigualdade está entre mim e a pessoa que estou conversando. Temos desigualdade de raça, de gênero, de idade, na qualidade da educação, na qualidade da saúde, no salário”.

Durante o discurso, Lula também citou a lei sancionada por ele que torna obrigatória a igualdade salarial entre homens e mulheres quando exercerem trabalho de igual valor ou mesma função.

O presidente brasileiro recebeu no evento a Ordem Dr. António Agostinho Neto das mãos do presidente da Angola, João Lourenço. Ele entregou ao angolano a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, comenda dada pelo governo do Brasil a personalidades estrangeiras que contribuíram para o país.

Nesta sexta-feira, Lula tem duas reuniões bilaterais agendadas com o presidente de Angola, João Manuel Lourenço. A primeira será reservada e a segunda, ampliada, com participação de mais representantes dos dois países. Os governos brasileiro e angolano vão assinar acordos de cooperação nas áreas de agricultura, processamento de dados, apoio a pequenas e médias empresas, saúde e educação.