O empresário Elon Musk utilizou a rede social X (antigo Twitter), da qual é proprietário, para fazer uma grave acusação contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo Musk, Trump estaria entre os nomes citados nos arquivos de Jeffrey Epstein, empresário norte-americano ligado a uma rede internacional de abuso sexual, especialmente contra menores de idade.
“Hora de soltar uma grande bomba. Donald Trump está na lista de Epstein. Essa é a verdadeira razão de ela não ter sido divulgada ao público. Tenha um ótimo dia, DJT (iniciais de Donald John Trump)”, escreveu Musk na tarde de quinta-feira (6).
Em seguida, completou: “Marque este post para o futuro. A verdade virá à tona.”
A lista completa de nomes relacionados a Epstein ainda não foi oficialmente revelada pelas autoridades norte-americanas.
Ruptura entre Musk e Trump
Até recentemente, Elon Musk era considerado um aliado político de Trump. Ele chegou a ocupar o cargo de chefe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês) durante o mandato do republicano. No entanto, a relação azedou nas últimas semanas, após Musk declarar apoio a outro candidato nas eleições presidenciais de 2024.
“Sem mim, Trump teria perdido a eleição, os democratas controlariam a Câmara e os republicanos teriam apenas 51 cadeiras no Senado. É muita ingratidão”, escreveu Musk em outra publicação.
Como resposta, Trump ameaçou retirar subsídios federais de empresas ligadas a Musk, como a Tesla. “A maneira mais fácil de economizar bilhões no orçamento é eliminar os subsídios e contratos do governo com Elon Musk”, publicou o ex-presidente também pelo X.
Caso Epstein: o escândalo que ainda assombra os poderosos
Jeffrey Epstein foi um financista norte-americano condenado em 2008 por exploração sexual de menores, em um acordo judicial polêmico. Em 2019, novas denúncias o levaram à prisão por tráfico sexual. Pouco tempo depois, ele foi encontrado morto em uma cela, em circunstâncias controversas.
As investigações revelaram uma rede de recrutamento de meninas e adolescentes em situação de vulnerabilidade, com promessas falsas de emprego e ajuda financeira. Muitas dessas vítimas foram levadas a propriedades luxuosas, usadas como cenários dos abusos.
Entre os nomes já citados nos arquivos ou rumores relacionados ao caso estão o Príncipe Andrew, Bill Gates, Kevin Spacey e Leonardo DiCaprio. No entanto, a lista completa das personalidades envolvidas permanece sob sigilo judicial — algo que Musk agora afirma ter sido manipulado para proteger Trump.