ANÁLISE

'Derrota normal, reação exagerada', afirma Gerson Nogueira sobre jogo do Remo

A segunda derrota do Remo na Série B 2025, sábado, em Curitiba, não alterou muita coisa na posição do time na tabela de classificação

‘Derrota normal, reação exagerada’, afirma Gerson Nogueira sobre jogo do Remo ‘Derrota normal, reação exagerada’, afirma Gerson Nogueira sobre jogo do Remo ‘Derrota normal, reação exagerada’, afirma Gerson Nogueira sobre jogo do Remo ‘Derrota normal, reação exagerada’, afirma Gerson Nogueira sobre jogo do Remo
A segunda derrota do Remo na Série B 2025, sábado, em Curitiba, não alterou muita coisa na posição do time na tabela de classificação
A segunda derrota do Remo na Série B 2025, sábado, em Curitiba, não alterou muita coisa na posição do time na tabela de classificação Foto: Samara Miranda/Remo

A segunda derrota do Remo na Série B 2025, sábado, em Curitiba, não alterou muita coisa na posição do time na tabela de classificação, mas gerou uma saraivada de críticas e queixas da torcida, insatisfeita com as circunstâncias da partida – o Leão levou o segundo gol aos 45 do 2º tempo.  

Parecia ter ocorrido uma catástrofe, se levadas em conta as furiosas reações na internet. Os tempos estão realmente mudados. Se a excelente campanha do Remo na Série B traz esperanças reais de acesso, provoca também um excesso de cobranças por parte do torcedor.

A paixão clubística muitas vezes obscurece a realidade. O fato é que o Campeonato Brasileiro é duríssimo, com várias equipes de níveis parecidos disputando o G4. Dos 20 clubes da Série B, pelo menos a metade tem chances reais de brigar pelo acesso. E o Remo é um deles.

Ninguém desconhece o grau de dificuldades, mas a caminhada bem-sucedida até aqui fez com que o Remo se tornasse refém das expectativas criadas. Invicto até a 10ª rodada, quando perdeu para o CRB fora de casa, o time tem sido mais cobrado à medida que avançou na competição.

Como o time começou a fazer a torcida sonhar, resultados negativos são rejeitados, mesmo que sejam normais, ainda mais jogando na casa de um adversário de histórico vitorioso em competições nacionais e internacionais. O Athletico é um time de Série A disputando a Série B e, por isso mesmo, cotado como um dos candidatos ao acesso.

Além de todas as credenciais do Furacão, o Remo contabiliza baixas (por lesões) que impactam o desempenho. Para começo de conversa, o time não conta com Jaderson, seu principal jogador na temporada passada. O meia se recupera de lesão grave sofrida no Re-Pa das finais do Parazão.

Entrou em campo na Arena da Baixada sem Felipe Vizeu, contundido, e sem os laterais Marcelinho e Sávio, peças essenciais no sistema de jogo praticado pelo time. Para complicar mais as coisas, Marcelo Rangel, um dos melhores goleiros da Série B, saiu contundido, assim como Klaus e Régis.

Sim, o Remo saiu na frente, com um gol de Adailton aos 50 segundos de bola rolando, finalizando a bela jogada iniciada por Pedro Castro. O desenrolar da partida favoreceu o Athletico, muito mais organizado e chegando a deter quase 80% de posse de bola.

O Leão segurou o 1º tempo, mas sucumbiu na fase final ao melhor desempenho técnico do adversário. Faz parte. Há quem reclame das mexidas feitas pelo auxiliar técnico Flávio Garcia, talvez esquecendo que ele é um interino, com todas as limitações que essa condição impõe.

Derrotas causam irritação e descontentamento sempre, mas deve-se entender que algumas derrotas são normais e previsíveis, na conta das dificuldades e do equilíbrio de forças do campeonato.

Oliveira dá início a uma nova era no Baenão

A partir desta segunda-feira, o Remo mergulha em uma nova era, sob o comando do português Antônio Oliveira. Dez dias depois da saída de Daniel Paulista, o clube comunicou no sábado a contratação do técnico, que será apresentado hoje. É um momento de incertezas para o time, que vinha explorando um esquema baseado em saídas velozes pelos lados.

Deu certo até aqui, mas há dúvida se Oliveira manterá esse sistema. No Corinthians e no Sport, seus últimos trabalhos, o técnico foi mais cauteloso, optando por times essencialmente marcadores. O pouco tempo que passou nesses clubes indica que o formato não deu certo.

Com salário acima dos padrões da Série B e problemas de relacionamento, principalmente no Sport, o nome de Oliveira não era unanimidade no Remo, que queria Maurício Barbieri, mas a opção por ele atende outra ambição azulina: trazer um técnico de Série A. O trabalho vai começar com uma prova de fogo: o clássico Re-Pa, no próximo sábado.

Copa começa com muitos gols e pouca emoção

O PSG fez o melhor jogo da rodada de domingo do Mundial de Clubes. Aplicou um 4 a 0 categórico no Atlético de Madrid, sem tomar conhecimento da tradição defensiva de Simeone. O vencedor da Liga dos Campeões provou que é, de fato, o melhor time europeu hoje, confirmando o favoritismo ao título mundial.  

Primeiro time brasileiro a estrear (o Botafogo estrearia às 23h), o Palmeiras empatou em 0 a 0 com o Porto jogando bem e perdendo muitas chances. Bem armado, firme no bloqueio e atacando sempre, o time de Abel Ferreira demonstrou apetite para ir longe na competição, embora correndo por fora. Favoritos são os de sempre: Real Madrid, PSG, Bayern, Manchester City e Internazionale.  

Impressionante também o abismo técnico entre o Bayern e o Auckland City, da Nova Zelândia, que resultou na humilhante histórica de 10 a 0, no TQL Stadium, de Cincinatti. A merecida vitória não torna maior o campeão alemão, mas empobrece a imagem deste Mundial. A abertura de vagas em excesso restringiu a qualidade, o que implica em diferenças técnicas abissais e permite a ocorrência de resultados espalhafatosos.

Só na primeira etapa o Bayern já vencia por 6 a 0. A chinelada superou a maior goleada da história do Mundial, o 6 a 1 do Al Hilal sobre o Al Jazira em 2021, ainda no velho formato. Contra os profissionais de primeiro nível do Bayern, o Auckland entrou com atletas amadores – vendedores, vendedores, estoquistas, guardas e mecânicos. Não havia como resistir.