A deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania), que também preside a Procuradoria Especial da Mulher na Câmara Legislativa do Distrito Federal, afirmou durante entrevista à TV Globo que era exigência para quwm trabalhasse para o também distrital, Daniel Donizet (MSB), “passar pelo teste do sofá para se manter no gabinete”. A fala ganhou peso quando um grupo de atuais e ex servidoras da CLDF decidiram protocolar um pedido formal de cassação contra a deputada Belmonte, por quebra de decoro parlamentar.
A representação na Câmara Legislativa, contesta a declaração e alega que a Procuradora da Mulher difama todas as mulheres que já trabalharam naquele gabinete.
As servidoras reagiram à declaração com indignação. Classificaram como uma “acusação infame e completamente infundada” que “representa uma ofensa direta à integridade profissional e pessoal”, além de denegrir “nossa competência e caráter”. Uma nota de repúdio foi publicada, o que reforçou o caráter coletivo da reação.
Além disso, o grupo registrou boletim de ocorrência por difamação e calúnia e encaminhou a representação ao Conselho de Ética da CLDF, desde a Mesa Diretora até possível votação em plenário, caso haja prosseguimento
A defesa da deputada
Paula Belmonte, ao se posicionar, disse que reproduziu “literalmente uma expressão machista que consta em denúncia recebida pela Procuradoria Especial da Mulher”, denúncia esta que provocou o afastamento de Donizet , que responde à processo disciplinar na Câmara.
Em nota de esclarecimento, Paula Belmonte declarou sentir “profundo respeito pelas servidoras”, afirmou que “jamais foi minha intenção atingir a honra ou a dignidade das servidoras de qualquer gabinete”, e destacou seu próprio histórico de julgamento como mulher na vida pública.