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Corpo de paraense morta nos EUA não foi encontrado

A paraense Anna Laura Costa Porsborg, 22, foi assassinada pelo noivo nos Estados Unidos. Foto: Divulgação
A paraense Anna Laura Costa Porsborg, 22, foi assassinada pelo noivo nos Estados Unidos. Foto: Divulgação

CAMILA MATTOSO E ISABELLA MENON
BRASÍLIA, DF, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

A paraense Anna Laura Costa Porsborg, 22, foi assassinada pelo noivo nos Estados Unidos. A informação foi confirmada pela Polícia Federal, que afirma ter sido comunicada sobre o crime por meio do FBI nesta segunda-feira (2).

De acordo com a PF, a mãe da vítima compareceu na delegacia em Santarém, na última sexta-feira (30), para informar sobre o desaparecimento da filha, que já completava dois dias.

A jovem vivia em Virgínia e estava de férias em Los Angeles hospedada no hotel Double Tree El Segundo, próximo ao aeroporto, com o noivo que, de acordo com a PF, é suspeito de ter cometido o crime por não aceitar o fim do relacionamento. Ainda de acordo com o órgão, ele teria confessado o assassinado, porém não informou a localização do corpo da vítima na esperança de não ser condenado.

O órgão informa, por meio de nota, que o caso agora é investigado pela polícia de Los Angeles, com auxílio do FBI, porém não especifica o local e a data do crime. Em nota, a PF afirma ainda que presta apoio com informações, por meio de seu adido policial nos Estados Unidos.

De acordo com a família, o responsável pelo crime seria um brasileiro. O Consulado Geral do Brasil em Los Angeles informou, por meio de nota, que o suspeito se chama Luís Antônio Gomes Akay. O consultado afirma ainda que as autoridades norte-americanas, o LASD (Los Angeles County Sheriff´s Department) junto ao Exército “estariam fazendo todo o possível para localizar o corpo da vítima, ainda sem sucesso”.

O responsável pelo crime está sob custódia e terá um audiência de custódia nesta quarta-feira (4), porém a polícia de Los Angeles não poderia fornecer informações adicionais sobre a prisão do suspeito até que ele tenha preenchido o formulário de notificação de prisão de estrangeiro.

O consulado explica ainda que, de acordo com informações do LASD, como o Brasil não é país de notificação obrigatória (matéria regulada por acordo internacional), o suspeito teria a opção de recusar o compartilhamento de informações sobre sua prisão com autoridades brasileiras.

A reportagem entrou em contato com a família, que preferiu não se pronunciar sobre o caso. Nas redes sociais, parentes pedem por justiça, lamentam o assassinato e dizem que o corpo não foi localizado.

“Esse indivíduo acabou com a nossa família”, diz uma familiar, que relata que a jovem precisa retornar ao Brasil, onde é sua verdadeira casa. “Lá não é a casa dela.”
Procurado, o Ministério das Relações Exteriores afirma que, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Los Angeles, tem conhecimento do caso e presta a assistência cabível aos familiares da nacional brasileira, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local.

Sem confirmar o assassinato, a pasta relata ainda que no caso de morte no exterior, os consulados brasileiros poderão prestar orientações gerais aos familiares, apoiar seus contatos com autoridades locais e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito.

Porém, o traslado dos restos mortais de brasileiros falecidos no exterior é decisão da família. “Não há previsão regulamentar e orçamentária para o pagamento do traslado com recursos públicos”, afirma a pasta.