JC Concursos
Os inscritos no Concurso Nacional Unificado têm até sexta-feira (16) para pagar a taxa de inscrição. No total, 2,65 milhões de pessoas se cadastraram para participar do certame.
O pagamento da taxa, no valor de R$ 60 (cargos de ensino médio) ou R$ 90 (carreiras de nível superior), deve ser feito por meio de Guia de Recolhimento da União (GRU), em bancos ou via PIX.
De acordo com o último balanço divulgado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, pasta que idealizou o certame, 800 mil inscritos ainda não haviam pagado a taxa até a manhã de sábado (10).
Do total de inscritos, 662 mil solicitaram isenção de taxa, mas apenas 601 mil (o equivalente a 90%) tiveram o pedido aprovado. A gratuidade foi concedida a pessoas que pertencem a quatro grupos:
- beneficiários do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico);
- doadores de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde;
- bolsistas ou ex-bolsistas do Programa Universidade para Todos (ProUni);
- beneficiários ou ex-beneficiários do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
O processo seletivo preencherá 6.640 vagas distribuídas entre 21 órgãos federais. Serão selecionados 5.948 servidores para cargos de nível superior e 692 para funções com exigência de ensino médio. Os salários vão de R$ 3.741,84 a R$ 22.921,71.
Recorde
Com base nos dados parciais divulgados pelo governo federal, dos 2,65 milhões de inscritos, ao menos 1,85 milhão já têm a sua participação garantida no inédito processo seletivo.
Embora tenha ficado abaixo dos 3,5 milhões de candidatos que o Executivo chegou a projetar, o número transforma o Concurso Nacional Unificado, com folga, no novo recordista entre as seleções com maior quantidade de concorrentes na história do país.
Anteriormente, a primeira posição era ocupada pelo Banco do Brasil. Em 2021, a instituição financeira atraiu 1.645.975 pessoas para certame com 4.480 vagas de escriturário.
Até então, completavam o top 3 das seleções com maior número de inscritos a Caixa Econômica Federal (1.156.744 participantes) e os Correios (1.120.393 concorrentes) — os dois concursos ocorreram em 2014 e 2011, respectivamente.
Como funciona
O governo federal trata o certame como um modelo inovador para admissão de servidores públicos, já que os participantes têm a possibilidade de concorrer a mais de um cargo em diferentes órgãos.
Para isso, o processo seletivo está dividido entre blocos temáticos, que agrupam órgãos e carreiras de aptidões similares. Pagando uma única taxa de inscrição, os candidatos podem escolher uma entre oito áreas onde desejam trabalhar:
- infraestrutura, exatas e engenharias (727 vagas);
- tecnologia, dados e informação (597 vagas);
- ambiental, agrário e biológicas (530 vagas);
- trabalho e saúde do servidor (971 vagas);
- educação, saúde, desenvolvimento social e direitos humanos (1.016 vagas);
- setores econômicos e regulação (359 vagas);
- gestão governamental e administração pública (1.748 vagas);
- nível intermediário (692 vagas).
No momento da inscrição, além de optar por um dos blocos temáticos, os candidatos puderam elencar a ordem de preferência entre as oportunidades disponíveis dentro da respectiva área escolhida.
Realizadas simultaneamente em 220 cidades de todo o Brasil, as provas objetivas e discursivas estão marcadas para 5 de maio, pela manhã e à tarde. A aplicação dos exames será feita pela Fundação Cesgranrio.
Para algumas carreiras, a seleção envolverá, ainda, etapas como análise de títulos (com envio dos documentos comprobatórios entre 29 de junho e 1º de julho) e curso de formação (em datas a serem oportunamente informadas).
A divulgação das notas da primeira fase ocorrerá em 3 de junho, enquanto os resultados finais serão anunciados em 30 de julho. Os aprovados começarão a ser chamados a partir de 5 de agosto.
Instituído por meio de decreto divulgado em 29 de setembro do ano passado, no Diário Oficial da União, o certame é inspirado no modelo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Por essa razão, tem sido chamado de “Enem dos Concursos”.