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Comitê do Marajó desmente Damares sobre acusações sem provas

Damares, ex-ministra de Bolsonaro. Foto: Agência Brasil
Damares, ex-ministra de Bolsonaro. Foto: Agência Brasil

Por Gerson Nogueira e Carol Menezes

O “Comitê de Segurança e Desenvolvimento do Marajó – Todos Juntos na Mesma Canoa”, organização fundada para defender os interesses da população do arquipélago, desmente em nota as afirmações da ex-ministra Damares Alves relatando casos de abusos sexuais contra crianças na região. Observa que o Marajó é um arquipélago 100% paraense, que “nunca fez e não faz fronteira com outro país”. Contesta, ainda, que o governo Bolsonaro tenha empreendido ações visando o desenvolvimento regional e a eliminação das condições de miserabilidade (o menor IDH do Brasil).

INVENCIONISMO

O comitê admite que existem fatos delituosos – prostituição infantil e tráfico de mulheres – na região, mas nega enfaticamente o tráfico de crianças de 3 e 4 anos, assim como a mutilações de seus órgãos ou estupro de recém-nascidos, como afirmou Damares. “Isso é uma estupidez, uma maldade, um imaginário criminoso, um invencionismo que não merece nenhum grau de respeito”, diz o manifesto. Atribui as denúncias a fantasias da ex-ministra, acusada de propagar “contos recheados de ingredientes extremamente pervertidos, sua narrativa ficcional sempre envolve sexo e crianças”.

IMAGENS

A Prefeitura de Belém se manifestou ontem contra o uso de imagens da procissão fluvial do Círio de Nazaré no horário político do candidato Jair Bolsonaro (PL). “Imagens da procissão foram captadas e divulgadas em horário eleitoral, sem o consentimento das pessoas que aparecem no vídeo”, informa em nota, citando a agente distrital de Mosqueiro, Vanessa Egla; o presidente da Funpapa, Alfredo Costa, e a secretária de Educação, Márcia Bittencourt, como vítimas do uso não autorizado de imagens. A PMB informa que providências jurídicas serão tomadas para reparar os danos causados pela campanha bolsonarista.

BEIÇO

Passado o primeiro turno da eleição, pipocam casos de calote aplicado por candidatos e partidos em profissionais que atuaram na campanha. Em São Paulo, já há um grupo de mais de 120 vítimas desses golpes para reclamar pagamento e indenização na Justiça. A área de comunicação e publicidade é, tradicionalmente, a mais afetada pelo problema em campanhas, muitas vezes sem ter vínculo formal com as candidaturas. No Pará, as queixas envolvem também a não distribuição de recursos do fundo partidário pela candidatura derrotada de Zequinha Marinho (PL) ao governo do Estado.

PANDEMIA

Morreram no Brasil mais de 4.500 profissionais da saúde pública e privada na primeira onda da pandemia de Covid-19, entre março de 2020 e dezembro de 2021. Nesse mesmo período, o governo brasileiro negou a dimensão da doença e atrasou recursos para os Estados. Grande parte dos profissionais não recebeu equipamentos básicos de proteção. A pesquisa foi feita pelo estúdio de inteligência de dados Lagom Data. O lançamento abre uma campanha que denuncia a situação dos quatro países mais impactados pela pandemia: Zimbábue, Paquistão, Brasil e Tunísia.

NEGACIONISMO

O Brasil se destacou pela abordagem negacionista do governo Jair Bolsonaro. A pesquisa foi feita pelo jornalista Marcelo Soares, da Lagom Data, a partir de microdados do próprio governo. Oito em cada dez dos que morreram salvando vidas eram mulheres. Os dados revelam que os óbitos se avolumaram com mais rapidez entre os profissionais de saúde do que na população geral, especialmente nos meses em que faltavam equipamentos de proteção individual. Auxiliares e técnicos de enfermagem (70%) morreram proporcionalmente mais do que enfermeiros (25%), e estes mais do que os médicos (5%).

LINHA DIRETA

O governo federal apresentou um orçamento para 2023 prevendo corte de 97,5% nos recursos destinados a creches, o que significa apenas R$ 2,5 milhões para “implantação de escolas de educação infantil” – o suficiente para meras cinco unidades. Em todo o Brasil.

Na contramão, o governo do Pará está investindo R$ 400 milhões na construção de 150 unidades educacionais desse tipo em todo o Estado. A primeira delas, Orlando Bitar, em Belém, funciona desde abril e deve receber mais de 500 crianças por ano, com idades entre 2 anos e 5 anos e onze meses.

Não está fácil nem pra quem foca no hortifruti para compor a cesta básica em Belém. Em setembro, o quilo da batata doce rosa teve alta de 17,58%. O maço da alface aumentou 12,55%. A abóbora está 10,73% mais cara. O preço do quilo da tão presente macaxeira está quase 10% mais salgado. Os dados são do Dieese/PA.

O Serviço Geológico do Brasil reforça que o edital para cessão de direitos minerários que abrange a área do minério de Caulim no Rio Capim, publicado em 21 de setembro, segue aberto. O leilão será em 7 de dezembro, a partir das 10h. Informações pelo cprm.gov.br.

Ao longo de todo o mês de outubro, as crianças atendidas no Hospital Materno-Infantil de Barcarena são presenteadas com brinquedos, em comemoração ao Dia das Crianças, celebrado no último dia 12.