O CARA DA VEZ

Claudinei Oliveira: Técnico sensação tem aprovação em tempo recorde

Com trabalho sério, nenhuma conversa fiada e uma boa dose de arrojo, Claudinei conseguiu transformar por completo o ambiente no clube.

Com trabalho sério, nenhuma conversa fiada e uma boa dose de arrojo, Claudinei conseguiu transformar por completo o ambiente no clube.
Com trabalho sério, nenhuma conversa fiada e uma boa dose de arrojo, Claudinei conseguiu transformar por completo o ambiente no clube. Foto: Jorge Luis Totti/PSC

O técnico Claudinei Oliveira é a sensação da temporada no futebol paraense. Depois de apenas quatro partidas no comando do PSC, virou unanimidade entre os torcedores, que atribuem a ele – com justiça – a grande recuperação empreendida pelo time na Série B, com a sequência de três vitórias e um empate nas últimas quatro rodadas.

Com trabalho sério, nenhuma conversa fiada e uma boa dose de arrojo, Claudinei conseguiu transformar por completo o ambiente no clube. De um time emocionalmente fragilizado, sem acreditar nas próprias forças, o Papão passou a jogar com muita disposição, sem medo de errar e arriscando jogadas que nas primeiras 11 rodadas nem eram tentadas.

O longo jejum sob o comando de Luizinho Lopes representou um prejuízo imenso para o PSC na tabela de classificação da Série B. Com elenco reduzido, problemas de contusão e suspensões no elenco, ele teve muita dificuldade e não conseguiu nenhuma vitória.

Claudinei assumiu na 12ª rodada, diante do Botafogo-SP, buscando recuperar o astral e a confiança do jogadores. Conseguiu vencer aos trancos e barrancos e, a partir daí, o Papão não foi mais derrotado. É cedo ainda para considerar que a fase negativa passou totalmente, mas um grande passo já foi dado no sentido de tornar o time mais competitivo e no nível dos demais disputantes do Brasileiro.

Nas primeiras entrevistas, Claudinei deixou claro que não queria representar o papel do milagreiro de plantão. Experiente, sabia que milagres não existem no futebol. O que conta mesmo é trabalho redobrado para vencer situações adversas. Explicou que seus times jogam sempre buscando vencer, não abraçam o medo como prática.

A prática tem correspondido plenamente ao discurso, e isso é muito bom. O PSC de Claudinei empenha-se em vencer, ignorando até os riscos normais de disputas na Série B. A exceção, por razões óbvias, foi o jogo com o Avaí, em Florianópolis, quando a estratégia era não perder – e funcionou.

A aprovação ao trabalho de Claudinei está diretamente associada à mudança de atitude. O torcedor sabe hoje que o PSC não entra mais para perder, como ocorreu no atrapalhado começo de Série B.

PSG bota o Real na roda e avança à final

O conceito de baile em futebol precisa ser urgentemente ressignificado. O que o PSG fez ontem com o atarantado Real Madrid foi digno de aplausos e até uma certa pena. Uma avassaladora e contínua marcha em direção ao gol. Os azuis botaram a bola debaixo do braço e trataram de resolver o jogo antes dos 10 minutos. No fim, 4 a 0. E foi pouco.

O PSG havia feito isso com a Inter na final da Champions League, impondo uma pisa de 5 a 0. Massacrou o Atlético de Madrid neste Mundial de Clubes, com goleada de 4 a 0. Esbarrou no Botafogo, campeão da América, sofrendo a única derrota no torneio e único gol (de Igor Jesus) até agora.

Dembélé, Fabián Ruiz, Nuno Mendes, João Neves, Hakimi, Vitinha e Doué não deram tempo para o Real entender o que estava acontecendo. Antes dos primeiros gols, Courtois já havia feito dois milagres – depois, fez outros tantos. Na real, foi um atropelamento.

No PSG, a troca de passes incessante e sempre objetiva é a principal forma de defesa, conseguindo deixar sem rumo craques como Mbappé, Vini Jr. e Bellingham. Fabián Ruiz, peça essencial na articulação de Luis Enrique, é um 10 diferente, que joga quase sempre sem bola.

O campeão europeu enfrenta o Chelsea na grande final de domingo. Os ingleses venceram o Fluminense na terça-feira. Foram pragmáticos e tiveram o brasileiro Luís Fernando (cria de Xerém) em tarde inspirada.

O PSG é amplamente favorito ao título. Para vencê-lo, o Chelsea terá que tomar lições com o Botafogo, que Luis Enrique admitiu ter sido seu adversário mais difícil.

Os gastos do torcedor nortista com futebol

Na região Norte, gastos com o futebol afetam o bolso de 65% da população, revela estudo da Serasa. A pesquisa faz uma radiografia do comportamento financeiro em torno da maior paixão nacional. A compra de camisas dos times lidera como despesa prioritária entre torcedores.

Alguns dados chamam atenção: 85% das pessoas que gastam com futebol fazem isso todos os meses e 58% consideram que ir ao estádio virou um luxo fora do alcance. Por isso, apenas 20% vão a estádios ver o seu time jogar. A maioria fica no sofá, ligada na TV aberta (72%) e fechada (40%).

É interessante ver que opções como o Youtube (44%) e streamings (22%) já somam 66% da preferência dos torcedores.

A boa notícia para quem vive de futebol como negócio é que o gastos relacionado ao esporte é cada vez maior e já atinge 65% da população, segundo o estudo inédito da Serasa. A pesquisaGastos com Futebol” ouviu 2.940 pessoas em todas as regiões do país, em junho deste ano.

Entre os principais gastos, as camisas continuam com larga vantagem (61%), seguida de outros produtos licenciados (26,7%), ingressos para assistir aos jogos (24,7%) e streamings ou pay-per-view (20,5%).

Com dinheiro ou não, o certo é que o futebol estimula que o brasileiro não se imponha limites para estar ao lado do seu time. Pelo menos 60% dos entrevistados já “cometeu alguma loucura” pelo seu clube.

Além de movimentar a economia, sete em cada 10 nortistas destacam o papel social que o esporte representa, como grande fator de aproximação entre pessoas, promovendo laços entre familiares e amigos.