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Clássico Re-Pa já começou

Como sempre acontece na semana de Re-Pa, o jogo começa bem antes do pontapé inicial em campo.

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Como sempre acontece na semana de Re-Pa, o jogo começa bem antes do pontapé inicial em campo.
Como sempre acontece na semana de Re-Pa, o jogo começa bem antes do pontapé inicial em campo. Foto: Mauro Ângelo

Como sempre acontece na semana de Re-Pa, o jogo começa bem antes do pontapé inicial em campo. As tretas, gozações e movimentação de bastidores fazem com que o torcedor não consiga pensar em outra coisa. Até sábado, às 18h30, o cardápio das conversas será o clássico, desta vez inteiramente diferente, valendo por competição nacional.

Há 19 anos isso não ocorria. O acesso do Remo no ano passado permitiu que os rivais se encontrassem na Série B deste ano, com embates muito aguardados desde que a competição começou. O primeiro será neste sábado, 21, no Mangueirão, válido pela 13ª rodada e cercado de expectativas ainda maiores pela situação vivida pelos clubes.

O Remo ocupa a 6ª colocação, com 20 pontos, e o PSC amarga a lanterna, com 7 pontos. O mau começo dos bicolores poderia dar a sensação de uma vantagem natural aos azulinos, mas não é assim que a banda toca no âmbito de uma das maiores rivalidades entre clubes brasileiros.

Por tradição, o clássico representa um ponto fora da curva. Significa que vantagens circunstanciais não entram nesse duelo particular. A superioridade pode ser facilmente anulada, o que quase sempre acontece em função das fortes emoções que envolvem a partida.

Foi assim nos dois jogos válidos pelas finais do Parazão, que ocorreram com o Brasileiro já em andamento e com o Remo já em destaque. Apesar disso, os confrontos não refletiram a posição dos times na tabela da Série B. 

O título estadual foi decidido nas penalidades, após uma vitória para cada lado (3 a 2 para o Remo, 1 a 0 para o PSC). Nada mais ilustrativo do equilíbrio que reina entre os rivais, e que deve prevalecer novamente no embate válido pela Série B.

Expectativas para o Re-Pa

A presença de dois técnicos estreantes em Re-Pa, Claudinei Oliveira e provavelmente Antônio Oliveira (ou Flávio Garcia), injetam um clima de imprevisibilidade ainda maior. Os desfalques anunciados (11 de cada lado, até a segunda-feira, 16) também ampliam as incertezas quanto às condições do jogo. E, como se sabe, quanto mais dúvida, mais emoção.

Para os azulinos, a boa notícia é a provável presença do meia Jaderson entre os relacionados para a partida, depois de ficar por várias rodadas ausente em face da grave lesão sofrida na decisão do Parazão. Jaderson é o mais regular jogador do Remo, com a capacidade de imprimir dinamismo ao time, transitando de uma intermediária à outra.

No Papão, previsivelmente reformulado com a chegada de 10 reforços na janela de transferências, Denner deve ser titular no meio, para sanar a carência de criatividade que a equipe apresenta. Ao lado dos atacantes Diogo Oliveira e Garcez, ele apareceu bem na vitória diante do Botafogo-SP. O trio deve ganhar a titularidade para o clássico.

Novela do novo técnico inquieta torcida azulina

Por força das circunstâncias, o Remo jogou contra o Operário-PR e o Athletico sob o comando do auxiliar Flávio Garcia. É provável que no Re-Pa a interinidade de Garcia continue. A anunciada contratação do técnico Antônio Oliveira até agora não se confirmou oficialmente. Boatos e especulações cercam o negócio.

A estranheza aumentou com a constatação de que Oliveira já desembarcou em Belém. Ao lado do executivo Marcos Braz, o treinador conheceu alguns pontos turísticos, tomou açaí e experimentou uma variedade de sorvetes, mas não assinou o contrato com o Remo.  

Fontes ligadas ao clube revelam que as partes seguem discutindo detalhes do acordo. O problema estaria na duração do contrato, com Oliveira insistindo por mais de dois anos de vigência. A diretoria defende um acordo mais curto, condizente com a realidade do futebol brasileiro.

Os termos salariais já estariam definidos, com Oliveira embolsando um dos maiores (talvez o maior) salário da Série B atual. O valor da multa rescisória também está em aberto. No Sport, seu último clube, Oliveira foi demitido após quatro jogos e saiu com uma indenização de R$ 6 milhões.

Mundial de Clubes recria overdose de jogos das Copas   

Aquela fartura de jogos na TV, como é típico de Copas do Mundo, tem sido recriado neste início de Mundial de Clubes da Fifa. Criado para substituir a finada Copa das Confederações, competição que era realizada sempre a um ano das Copas, o torneio disputado nos Estados Unidos tem mostrado algumas boas novidades, apesar de alguns jogos bem fraquinhos.

Ontem, por exemplo, em Miami, Boca Juniors e Benfica foi um confronto de muita marcação e algumas boas ideias, mas comprometido pela catimba infernal dos argentinos, que usaram e abusaram das manhas para controlar o jogo na etapa final. Quando venciam por 2 a 1, o Benfica de Bruno Lage teve um jogador expulso, o atacante Belloti.

Com menos um, os encarnados melhoraram e chegaram ao empate com um gol de Otamendi. Aliás, todos os gols argentinos: Merentiel e Battaglia para o Boca; e Di Maria fez o primeiro do Benfica. O clima de Libertadores fez com que dois do Boca fossem excluídos, Vital e Herrera.

Expectativa para a estreia do Fluminense, hoje (13h), contra o Borussia Dortmund, em Nova Jersey. Renato Gaúcho promete coragem para buscar a vitória. O clima no horário da partida pode favorecer o Flu, que não terá Germán Cano e o paraense Ganso na escalação inicial.