A China disse nesta quinta-feira que concordou em retomar imediatamente as importações de carne bovina brasileira com menos de 30 meses, de acordo com um comunicado divulgado pela Administração Geral de Alfândega do país (Gacc, na sigla em inglês). As informações são do site Infomoney, com Estadão Conteúdo e Reuters.
As vendas de carne bovina brasileira para a China foram suspensas voluntariamente pelas autoridades brasileiras em 23 de fevereiro, após a descoberta de um caso atípico da doença da vaca louca no Pará.
A retomada do comércio ocorre um dia depois de o ministro da agricultura brasileiro, Carlos Fávaro, ter chegado a Pequim, antes da visita do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva no domingo. Lula visitará a China acompanhado de uma delegação de 240 representantes empresariais.
Em Nota Oficial, divulgada no início de março pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), foi confirmado que o caso isolado de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) “Mal da Vaca Louca”, detectado no município de Marabá (PA) é atípico tipo H. No Brasil este é o sexto caso, da mesma variante, de diagnóstico de EEB.
O caso foi detectado durante vigilância para Síndromes Neurológicas, em um bovino macho, que após exame negativo para Raiva dos Herbívoros, teve material encaminhado para diagnóstico diferencial no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) em Recife (PE), onde teve, em teste de triagem, diagnóstico reagente para Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), sendo encaminhado para o Laboratório de Referência para confirmação em Alberta no Canadá.
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A Encefalopatia Espongiforme Bovina é uma enfermidade crônica degenerativa que afeta o sistema nervoso dos bovinos, causada por um prion, (uma partícula de proteína em versão modificada), existindo duas variações, a clássica ou a atípica.
Com a confirmação do caso atípico, o MAPA informou que está adotando as providências para que as exportações da carne bovina brasileira sejam reestabelecidas, pois conforme os acordos comerciais, a confirmação da variante atípica juntamente com a comprovação da adoção de todas as medidas de mitigação de risco não causa bloqueios econômicos. No caso da China, o acordo prevê que haverá uma interrupção dos embarques de carnes até que o país comprador faça uma avaliação da situação.
“Ressalto que rapidez, eficiência e a transparência solicitada pelo presidente Lula foi fundamental. Agradeço à nossa equipe e à do governador do Pará, Helder Barbalho, que nos permitiu uma atuação rápida desde a identificação do caso”, comentou o ministro Carlos Fávaro.
