Foi deflagrada uma operação de guerra pelas forças de segurança dos estados do Pará, Mato Grosso, Maranhão, Ceará e Goiás com a missão de localizar e prender Francivaldo Moreira Pontes, conhecido como “Ban”, apontado como uma das principais lideranças de uma facção criminosa paulista. Ele era responsável por coordenar crimes violentos contra o patrimônio, incluindo assaltos a bancos na modalidade conhecida como “Domínio de Cidades”.
Francivaldo foi localizado após uma troca de informações entre diversos sistemas de inteligência, “entocado” em uma ilha na comunidade de São Pedro de Viseu, no município de Mocajuba, no Pará. Ele se escondia em uma casa ribeirinha, com visão completa de tudo o que ocorria tanto pela água, quanto pela terra e pelo ar.
Diligências investigativas realizadas pela Divisão de Repressão ao Crime Organizado, junto com o compartilhamento de informações com as forças policiais dos estados do Mato Grosso, Maranhão, Ceará e Goiás, possibilitaram a localização do foragido. A abordagem foi realizada na ilha da Comunidade de São Pedro, na zona rural do município de Mocajuba.
Na chegada da polícia, reação e morte
No momento da chegada dos policiais, que cercaram o local por água, terra e pelo ar, com o apoio de um helicóptero do Graesp, o suspeito reagiu realizando disparos de arma de fogo contra as equipes. As forças de segurança revidaram a injusta agressão, alvejando o agressor, que foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu antes de chegar ao hospital.
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Francivaldo Moreira Pontes era identificado nas investigações, que duram anos, como um dos principais integrantes do grupo de assaltantes responsável por diversas ações denominadas “Domínio de Cidades”. Ele foi identificado como o principal articulador e financiador da ação criminosa ocorrida em abril de 2023, no município de Confresa, no estado do Mato Grosso.
Em 2007, no município de São Gotardo, em Minas Gerais, a quadrilha liderada por Francivaldo atacou agências bancárias e alvejou um cabo da Polícia Militar de Minas Gerais, resultando no óbito do militar. Durante este assalto, o grupo fez reféns o juiz, o delegado de polícia e o promotor de justiça da cidade, evidenciando o grau de periculosidade do bando, que atuava em várias regiões do país.
De acordo com o delegado Fausto Bulcão, diretor da Divisão de Repressão ao Crime Organizado, o suspeito, alvo da operação, era foragido do sistema penitenciário paraense desde 2015. Durante esse período em liberdade, ele utilizava diversos nomes falsos, como Renato Barbosa Sousa, Levi Pereira Gonçalves e Ronaldy Leão da Gama.
Com Francivaldo Moreira Pontes, o “Ban”, foi apreendido um fuzil AK-47, calibre 7,62×39, com diversas munições do mesmo calibre. A operação policial contou com o apoio da Delegacia Fluvial, do Núcleo de Apoio à Investigação de Tucuruí, das delegacias de Cametá e da PM2, do Bope do Pará, da Polícia Militar de Goiás, da Polícia Civil de Mato Grosso, do Centro de Inteligência do Maranhão, da Polícia Rodoviária Federal e da FICCO do Ceará.
