No meio da floresta amazônica, um cenário de areia branca e águas transparentes desafia a lógica de quem acredita que praias paradisíacas só existem no litoral. Alter do Chão, em Santarém, no oeste do Pará, foi apontada pelo jornal britânico The Guardian como “a praia mais bonita do Brasil” – superando até destinos consagrados, como Fernando de Noronha e Jericoacoara.
O título consolidou o lugar como um dos principais cartões-postais da Amazônia e atrai, cada vez mais, viajantes em busca de um contato autêntico com a natureza. A fama internacional não é à toa. Conhecida como o “Caribe brasileiro”, Alter do Chão é banhada pelo Rio Tapajós, um dos mais cristalinos da região.
Experiências dependem do período
A melhor experiência vai depender da época do ano em que você viaja. Durante o período de seca, entre agosto e dezembro, chamado de “verão amazônico”, as águas recuam e revelam extensos bancos de areia branca, formando praias temporárias que parecem brotar no meio do rio.
Já na época das cheias, no “inverno amazônico”, de janeiro a julho, a paisagem muda completamente: o volume das águas sobe, a floresta se inunda, os igarapés ganham vida e a experiência se transforma em um passeio por entre árvores alagadas e sons da mata.
Além da beleza natural, a vila oferece uma imersão na cultura local. Com pouco mais de 6 mil habitantes, Alter preserva o charme de um vilarejo simples e acolhedor, com pousadas familiares, bares à beira do rio e uma gastronomia que valoriza os sabores da floresta.
Cultura e Festividades em Alter do Chão
A vila também é palco de uma das festas mais tradicionais do Pará: o Sairé, celebrado em setembro. O evento mistura devoção religiosa, dança e folclore em uma disputa simbólica entre os botos Tucuxi e Cor-de-Rosa, que representa o imaginário amazônico. A celebração é um dos momentos mais vibrantes do calendário local e reforça a identidade cultural do povo ribeirinho.
Como Chegar e Explorar Alter do Chão
Para chegar até Alter do Chão, o visitante pode desembarcar no aeroporto de Santarém, a cerca de 34 quilômetros da vila, com voos diretos de Belém, Manaus e Brasília. Outra opção é atravessar o rio Amazonas de barco – uma travessia que, por si só, já faz parte da experiência amazônica.
Editado por Luiz Octávio Lucas