GERSON NOGUEIRA

Campeonato Paraense e um prejuízo irrecuperável

As incertezas que rondam o Campeonato Paraense, paralisado há duas semanas, deixam de ser apenas um mero problema de acomodação de datas.

As incertezas que rondam o Campeonato Paraense, paralisado há duas semanas, deixam de ser apenas um mero problema de acomodação de datas. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.
As incertezas que rondam o Campeonato Paraense, paralisado há duas semanas, deixam de ser apenas um mero problema de acomodação de datas. . Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

As incertezas que rondam o Campeonato Paraense, paralisado há duas semanas, deixam de ser apenas um mero problema de acomodação de datas. A partir de agora, passam a significar um sério prejuízo financeiro aos times interioranos, cujos contratos com atletas se encerram nos próximos dias. Para estender o vínculo, teriam que contratar os jogadores por um novo período mínimo de três meses.

Não há receita que cubra esse prejuízo. As finanças dos clubes emergentes dependem das verbas concedidas pelo Governo do Estado. Daí a importância de cumprimento dos prazos de disputa da competição. Qualquer atraso gera um problema de grandes proporções.

Até o momento, a Justiça Desportiva estadual não julgou os recursos dos clubes condenados por desrespeito às normas do regulamento do campeonato. Só depois disso virá o julgamento pelo Pleno do TJD, com possibilidade de reforma das penas aplicadas ou até mesmo uma provável extinção.  

O julgamento final não significará o término da confusão, pois os quatro clubes – Capitão Poço, Tuna, Remo e Bragantino –, dependendo da decisão do TJD, poderão recorrer e levar a questão às barras do STJD, retardando ainda mais o recomeço do Parazão.

Segundo as previsões mais otimistas, a bola só voltará a rolar no final de março, a poucos dias do início da Série B. Na melhor das hipóteses, as quatro datas que permitiram decidir a disputa invadirão o Brasileiro, com os previsíveis danos à campanha da dupla Re-Pa.

Na sexta-feira, o setor jurídico do Remo interpôs um recurso tentando excluir (por ilegítimo) o artigo 31 do regulamento específico do Parazão, causador de todo o imbróglio. Medida tão desesperada quanto inócua: o TJD rejeitou de forma enfática.

Em face da incompetência de quatro clubes, a competição está irremediavelmente esvaziada, com prejuízos de grande monta para todos. Pobre futebol do Pará.

Um feito sem defeitos do craque das narrações

Guilherme Guerreiro, oriximinaense da mais alta estirpe, completou na sexta-feira (14) cinquenta anos de narração esportiva. Como bem disse mestre Carlos Castilho, fazer 50 anos de idade já é admirável, mas completar meio século de profissão é uma façanha e tanto.

Bem ao seu estilo, Guerreiro não comentou nada com ninguém, ficou na moita, mas a história veio à tona, para alegria de seus amigos e companheiros de trabalho. As palavras de reconhecimento por parte de fãs e personalidades do mundo esportivo fazem justiça ao profissional que ele é.

Brilhante em seu ofício, rigoroso e disciplinado, Guerreiro é exemplo e referência para todos que militam no rádio. É um locutor em permanente evolução. Jamais se acomoda, busca novos caminhos, lança ideias e exercita a veia visionária. Alia a isso uma generosidade ímpar.

Elogiar companheiros de profissão não constitui adulação. É um direito/dever que todos temos, ainda mais quando é questão de justiça. E sei o que digo, pois o conheço há pelo menos 40 luas, como amigo e parceiro de trabalho.

Por isso, faço minhas as palavras de Mestre Cacá: “Ao parabenizá-lo, exalto o seu papel no jornalismo esportivo do Pará. Sacode, balança e estremece o nosso futebol, caríssimo colega e amigo!”.

Bola na Torre

O programa começa às 23h, na RBATV, com o comando de Guilherme Guerreiro e participação de Giuseppe Tommaso e deste escriba de Baião. Em pauta, a participação dos times paraenses na Copa Verde e Copa do Brasil. A edição é de Lourdes Cezar e Lino Machado.

Fofoqueiro entrega e Neymar é barrado na Seleção

Quase Dorival Júnior endossou a malandragem de Neymar. Depois de passar como um turbilhão pela Marquês de Sapucaí e pular fora do clássico com o Corinthians, o mais célebre baladeiro do futebol brazuca aprontou uma festa de arromba pós-carnaval, com direito à presença de um time de modelos.

Como costuma fazer, Neymar Sênior saiu em defesa do filho, garantindo que “ele não fez nada”. Foi aí que Dorival quase caiu. Neymar havia sido convocado para os jogos das Eliminatórias, mesmo ainda se recuperando de um incômodo muscular.

A festa nababesca, porém, provou que ele pode estar pronto para tudo, menos para jogar bola em alto nível. Falta comprometimento, como já havia alertado o técnico Jorge Jesus quando Neymar ainda era atleta do Al-Hilal.

Ainda surgiu um esboço de desculpa, mas as informações reveladas pelo fofoqueiro Léo Dias derrubaram as chances de Neymar voltar à Seleção. Ainda não será desta vez: foi desconvocado ontem, junto com Danilo e Ederson, ambos realmente lesionados.