Belém - Na reta final do ano, quando as doações de sangue tendem a cair, a solidariedade ganhou força com a campanha “Seja o presente na vida de alguém. Doe sangue. Salve vidas!”, realizada no Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), nesta segunda-feira (30). Crucial para abastecer os estoques no Pará, a ação foi promovida em parceria com o Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista (Cetea) e a Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa), envolvendo funcionários, usuários e acompanhantes das duas unidades.
Vanessa Teixeira, coordenadora de reabilitação do CIIR, destacou a relevância da campanha, que integra esforços das unidades desde 2018.
A meta para a campanha deste ano era arrecadar 60 bolsas, e contava com uma estrutura composta por cerca de 40 profissionais envolvidos diretamente nas etapas de triagem, coleta e logística. A assistente social do Hemopa, Marcela Silva, ressaltou a importância estratégica de campanhas como essa em épocas de festividades, lembrando de outra campanha, que ocorreu em julho.
Entre os doadores presentes estava Danielle Ferreira, de 34 anos, terapeuta ocupacional da oficina ortopédica do CIIR, doadora desde 2017. “Desta vez, vim ajudar uma vizinha de 12 anos que precisa de sangue. É uma forma de salvar vidas, e a gente aqui [no CIIR] já reabilita vidas, então não custa salvar”, pontuou.
Já o colaborador Eduardo Oliveira, 32, professor de artes visuais, tem o exemplo familiar como inspiração para doar regularmente. “Meus tios e tias sempre doaram, e percebi a importância de fazer minha parte. Hoje, com minha saúde em dia, estou retomando as doações”, disse.
CADASTRO DE MEDULA ÓSSEA
Outro ponto de atenção é a ampliação das possibilidades para doação de sangue. Segundo Marcela, mudanças recentes nas regras agora permitem que diabéticos e pessoas que fizeram tatuagem há mais de 6 meses possam doar – antes só podiam após 12 meses –, desde que atendam a outros critérios de saúde.
Além da doação de sangue, a campanha incentivou o cadastro de medula óssea, um processo menos criterioso do que a doação de sangue. “O cadastro é simples. Basta ter entre 18 e 35 anos e não possuir doenças autoimunes. Depois disso, coletamos uma amostra de sangue que entra no sistema nacional gerenciado pelo INCA [Instituto Nacional de Câncer]. Se houver compatibilidade com algum paciente, o doador será acionado para levar esperança de cura”, detalhou Marcela.