De 5 a 8 de junho, o Pará receberá a Feira do Cacau e Chocolate Amazônia e a Flor Pará, no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia, em Belém
Pará sedia feira nacional de cacau sustentável e flores amazônicas

FEIRA

Cacau movimenta R$ 358 milhões e será destaque em feira no Pará

Pará sedia feira nacional de cacau sustentável e flores amazônicas
Pará sedia feira nacional de cacau sustentável e flores amazônicas. Foto: Agência Pará

De 5 a 8 de junho, o Pará receberá a Feira do Cacau e Chocolate Amazônia e a Flor Pará, no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia, em Belém. O evento é realizado pelo Governo do Estado e pelo Sistema Faepa/Senar, com o objetivo de fortalecer o papel do Pará como referência nacional em produção sustentável, inovação agrícola e valorização da agricultura familiar.

Com expectativa de público superior a 50 mil pessoas, a feira contará com expositores locais, nacionais e internacionais, além de programação técnica voltada à sustentabilidade, inovação e bioeconomia.

Pará: líder na produção de cacau

O evento destaca o trabalho que tem colocado o Pará na liderança da cacauicultura brasileira. Segundo a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), o estado já é o maior produtor de cacau do país, à frente da Bahia, com os dois estados respondendo por cerca de 95% da produção nacional.

Atualmente, o Pará conta com 32 mil produtores ativos, distribuídos em mais de 229 mil hectares plantados, sendo 169 mil hectares em plena produção. O município de Medicilândia, na região da Transamazônica, lidera a produção estadual, com mais de 44 mil toneladas por ano, representando quase 35% do total do estado.

“A feira é uma vitrine fundamental para valorizar o trabalho dos nossos produtores e mostrar ao Brasil e ao mundo a potência da agricultura familiar paraense”, afirma Joniel Abreu, presidente da Emater, que atua na assistência técnica e viabilização de financiamentos para o setor.

Cacau que preserva

A cacauicultura no Pará se destaca por ser ambientalmente responsável. De acordo com Ivaldo Santana, coordenador do Procacau, “o Pará não desmata um palmo sequer para plantar cacau”. Pelo contrário, o cultivo do cacau é utilizado como forma de recuperar áreas degradadas por meio de sistemas agroflorestais.

Impacto econômico

Somente em 2023, a produção de cacau gerou R$ 358 milhões em arrecadação de ICMS, segundo o presidente do Sistema Faepa/Senar, Carlos Xavier. Para ele, o modelo de produção representa uma transformação socioeconômica na Amazônia, assegurando renda digna no campo por meio de uma cultura de alto valor agregado e sustentável.

Flor Pará: flores amazônicas em evidência

Além do cacau, a feira também será palco para a Flor Pará, espaço dedicado à floricultura regional, com destaque para o cultivo de espécies nativas como antúrios, helicônias e orquídeas. A cadeia produtiva das flores vem crescendo no estado, com envolvimento de agricultores familiares e grandes produtores, ampliando as oportunidades de renda e diversificação produtiva.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.