QUEDA

Veja por que o preço do azeite deve cair nos próximos meses no Brasil

O preço do azeite de oliva no Brasil deve recuar até 10% ao longo dos próximos meses de 2025.

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Preço do azeite está 'pela hora da morte'. Foto: Divulgação
O preço do azeite de oliva no Brasil deve recuar até 10% ao longo dos próximos meses de 2025. Foto: Divulgação

O preço do azeite de oliva no Brasil deve recuar até 10% ao longo dos próximos meses de 2025. A combinação de uma safra recorde na Europa e da isenção da alíquota de importação são os principais fatores que impulsionam essa tendência, segundo especialistas do setor.

De acordo com o International Olive Council (IOC), a produção mundial na safra 2024/25 deve atingir 3,375 milhões de toneladas, um aumento de cerca de 32% em relação à temporada anterior.

Com mais azeite disponível no mercado, os preços internacionais vêm caindo — de aproximadamente US$ 10 mil para US$ 5.500 por tonelada, entre fevereiro de 2024 e janeiro de 2025. Como o Brasil importa quase 100% do azeite que consome, essa redução já começa a se refletir no mercado interno, embora de forma gradual.

Outro fator que colabora para a queda é a isenção da alíquota de 9% sobre a importação, medida adotada recentemente pelo governo federal, o que reduz o custo final ao consumidor brasileiro.

No entanto, apesar do cenário positivo, alguns elementos freiam a velocidade da queda nos preços:

  • estoques antigos adquiridos a preços mais altos ainda estão sendo comercializados;
  • os custos logísticos com transporte e seguro permanecem elevados;
  • a valorização do euro frente ao real encarece as importações;
  • tributos internos como ICMS e PIS/COFINS continuam impactando o preço nas prateleiras;
  • grandes redes varejistas podem reter parte da redução para recompor margens.

Tendência de alívio moderado na inflação

Entre janeiro e maio de 2025, o preço do azeite no Brasil já acumulou queda de cerca de 4,4%, segundo indicadores oficiais. Mesmo após ter subido 50% entre maio de 2023 e junho de 2024, o recuo recente sinaliza que o produto pode deixar de ser um dos principais vilões da inflação no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Para o segundo semestre de 2025, a previsão é de uma queda gradual, condicionada à permanência de fatores como os altos custos logísticos, câmbio desfavorável e tributação interna. Sem mudanças nesses elementos, o recuo no preço deve se manter lento, com uma possível redução de até 10% em relação aos níveis anteriores.