A Agência Nacional de Mineração (ANM) reduziu nesta segunda-feira (18) o nível de emergência da barragem Forquilha III, em Ouro Preto (MG), de 3 para 2 no Sistema Integrado de Gestão de Barragens de Mineração (SIGBM). Com isso, a Vale cumpre o compromisso assumido de não ter mais nenhuma estrutura em nível máximo de risco até 2025.
Segundo a mineradora, a reclassificação foi possível após avanços nas análises de estabilidade, que incluíram sondagens geotécnicas, ensaios de campo e laboratório, além da instalação de novos instrumentos de monitoramento. Os resultados atenderam aos critérios técnicos exigidos para a mudança.
“Alcançamos nosso compromisso de não ter barragens em nível de emergência 3 até 2025, reforçando a segurança das pessoas e do meio ambiente. Também implementamos no prazo o padrão global GISTM em todas as nossas estruturas”, afirmou Gustavo Pimenta, CEO da Vale.
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Programa de Descaracterização e Compensações
A Forquilha III faz parte do Programa de Descaracterização de Barragens a Montante da companhia. Desde 2019, 17 das 30 estruturas previstas já foram eliminadas — 14 em Minas Gerais e três no Pará —, em um investimento que ultrapassa R$ 12 bilhões. A descaracterização total da Forquilha III está prevista para 2035, incluindo a recuperação ambiental da área.
Mesmo com a redução do nível de emergência, a comunidade da Zona de Autossalvamento (ZAS) segue evacuada, em cumprimento à legislação. Paralelamente, a Vale mantém ações de reparação e compensação firmadas em 2024 com os municípios de Itabirito, Ouro Preto, Rio Acima e Nova Lima, que abrangem programas de transferência de renda, turismo, cultura e fortalecimento de serviços públicos.
Implementação do GISTM
Além disso, a mineradora afirma ter concluído a implementação do Global Industry Standard on Tailings Management (GISTM), referência internacional lançada em 2020 para elevar a segurança de barragens de rejeitos em todo o mundo.
