
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta terça-feira (14) que o governo federal não vê necessidade de retomar o horário de verão em 2025. Segundo ele, o Brasil está com a segurança energética “completa e absoluta” graças ao bom desempenho dos reservatórios e ao planejamento do setor elétrico. As informações são da Agência Brasil.
“Chegamos à conclusão de que, graças ao planejamento e ao índice pluvial dos últimos anos, estamos em condição de segurança energética plena para este ano”, disse o ministro durante o programa Bom Dia, Ministro, transmitido por rádios parceiras.
Silveira destacou que o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) acompanha mensalmente a situação energética do país, com foco também na modicidade tarifária, que busca manter as tarifas justas para os consumidores.
Energia limpa, mas intermitente
O ministro também comentou sobre o crescimento das fontes renováveis no Brasil, como a solar e a eólica, que, apesar de sustentáveis, são intermitentes — ou seja, dependem de fatores naturais, como sol e vento.
Para lidar com isso, o governo prepara o lançamento de um leilão de baterias ainda este ano, que permitirá o armazenamento de energia gerada por essas fontes.
“Vamos, literalmente, armazenar vento”, disse Silveira, referindo-se ao armazenamento da energia eólica.
“Com baterias, teremos energia solar disponível até as 22h. Esse sistema ajudará a estabilizar nossa matriz.”
Apagões na Europa e robustez do sistema brasileiro
Silveira também citou os recentes apagões ocorridos em Portugal e na Espanha como exemplos das dificuldades enfrentadas por sistemas fortemente dependentes de fontes intermitentes. Segundo ele, o Brasil tem uma vantagem por possuir um sistema “robusto e bem planejado”, com forte base em hidrelétricas complementadas por térmicas.
Apesar de descartar o horário de verão por ora, o ministro afirmou que o governo não hesitaria em adotá-lo se fosse necessário.
“O que não pode é faltar energia para o povo brasileiro. Teríamos coragem absoluta de implementar [o horário de verão], se fosse preciso, independentemente de polêmicas”, concluiu.