A televisão aberta brasileira está prestes a passar por uma grande transformação com a chegada da chamada TV 3.0. Prevista para começar a ser implementada em 2025, a nova geração promete uma experiência muito mais interativa, com imagens em ultra definição (4K ou superior), som imersivo e integração com a internet — tudo isso mantendo o sinal gratuito e acessível para a população.
A TV 3.0 vai substituir gradualmente o atual padrão digital (TV 2.0), que começou a ser implantado no Brasil em 2007. Entre as principais mudanças, estão a melhora significativa na qualidade de imagem e áudio, a possibilidade de assistir à programação ao vivo ou sob demanda, além de recursos como múltiplas câmeras, personalização de conteúdo e até publicidade direcionada.
O novo sistema usará tecnologias como HDR (High Dynamic Range), som com múltiplos canais, acessibilidade aprimorada e compressão de dados mais eficiente. Tudo isso permitirá que o espectador tenha uma experiência mais parecida com a que já é oferecida por serviços de streaming — mas com acesso gratuito e via sinal aberto.
A proposta da TV 3.0 foi desenvolvida por um grupo técnico ligado ao Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD), com apoio da Anatel e do Ministério das Comunicações. A expectativa é que, após testes em cidades-piloto como Rio de Janeiro e São Paulo, a tecnologia seja levada gradualmente para outras regiões do país até 2028.
Para os telespectadores, a principal mudança será a necessidade de um aparelho compatível com o novo padrão ou de um conversor específico. Mas, assim como ocorreu na transição da TV analógica para a digital, políticas públicas devem garantir o acesso aos equipamentos para famílias de baixa renda, a fim de assegurar a universalização do serviço.