O Brasil viveu um recorde de ataques fraudulentos no primeiro semestre de 2025. Foram 6.937.832 tentativas de fraude entre janeiro e junho, um aumento de 29,5% em relação ao mesmo período de 2024. Os dados fazem parte do Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian, que aponta uma média de uma ocorrência a cada 2,3 segundos.
O sistema financeiro segue como principal foco: 53,7% dos ataques foram direcionados a bancos e emissores de cartões, o que equivale a uma ocorrência a cada 4,2 segundos. Segundo o diretor de Autenticação e Prevenção a Fraudes da Serasa, Caio Rocha, criminosos buscam o setor por oferecer maior potencial de retorno.
“Ao invadirem contas, obter dados de cartões ou contratar crédito em nome de terceiros, eles aplicam golpes de maior valor, com baixo risco de exposição”, explica.
Setores mais atingidos
Além dos bancos, outros segmentos registraram aumento expressivo:
• Telefonia: alta superior a 50%
• Serviços: +30,2%
• Financeiras: +25,5%
• Varejo: +11,7%
• Fraudes avançam pelo país
A alta foi generalizada em todas as Unidades da Federação. O Distrito Federal liderou a taxa proporcional, com 8.119 ocorrências por milhão de habitantes, seguido por São Paulo (6.898) e Mato Grosso (6.409).
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Em números absolutos, o Sudeste concentrou 47,5% dos casos, somando mais de 3,2 milhões de tentativas. Apenas São Paulo respondeu por quase 30% do total nacional, com 1,9 milhão de ocorrências. O avanço mais acelerado, no entanto, ocorreu no Norte (+34,6%) e no Nordeste (+32,1%).
Junho em alta
Somente em junho, foram registradas 1.145.617 tentativas de fraude, crescimento de 33,1% frente ao mesmo mês de 2024, consolidando uma média mensal acima de 1,1 milhão de casos no semestre.
Como se proteger
A Serasa reforça que a prevenção depende tanto de empresas quanto de consumidores. Entre as principais recomendações estão:
• Usar senhas fortes e monitorar o CPF com frequência;
• Desconfiar de links, promoções e mensagens suspeitas em redes sociais e aplicativos;
• Cadastrar chaves Pix apenas em canais oficiais dos bancos;
• Confirmar transferências diretamente com contatos antes de realizá-las;
• Para empresas, investir em soluções de autenticação em múltiplas camadas, biometria e análise comportamental em tempo real.
