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Tebet aceita Planejamento com PPI, mas sem bancos públicos

Tebet aceita Planejamento com PPI, mas sem bancos públicos Tebet aceita Planejamento com PPI, mas sem bancos públicos Tebet aceita Planejamento com PPI, mas sem bancos públicos Tebet aceita Planejamento com PPI, mas sem bancos públicos
Senadora Simone Tebet não está na cota do MDB, é uma escolha pessoal do presidente eleito Lula da Silva Lula
Senadora Simone Tebet não está na cota do MDB, é uma escolha pessoal do presidente eleito Lula da Silva Lula

 

Renato Machado, Danielle Brant, Julia Chaib, Catia Seabra, Alexa Salomão e Victoria Azevedo/Folhapress

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) decidiu aceitar nesta terça-feira (27) assumir o Ministério do Planejamento e Orçamento no governo do presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após incertezas nos últimos dias envolvendo a possibilidade de que a pasta abrigasse também bancos públicos.

O desenho da pasta teve idas e vindas durante reuniões nesta terça. No começo da manhã, aliados da senadora afirmavam que ela havia conseguido manter sob seu comando o comitê gestor do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos).

Mas membros do PT deram declarações no começo da tarde que colocaram em dúvida o formato do ministério, o que inclusive gerou reações do MDB.

No final da tarde, os dois lados passaram a dizer que o PPI terá uma gestão compartilhada entre Planejamento, Fazenda e Casa Civil -o que indica que tanto Tebet como os ministros das outras duas pastas terão influência sobre o programa.

Enquanto o Planejamento trabalharia em parceria com a Fazenda e cuidaria de planos, diagnósticos e metas do PPI, a Casa Civil teria um papel de acompanhamento e de gestão política do programa. De acordo com relatos colhidos pela reportagem, Tebet não viu problemas no modelo. O desenho foi afirmado no fim da tarde por diferentes integrantes do futuro governo após Alexandre Padilha, próximo titular das Relações Institucionais, destacar em entrevista que o natural seria o comitê gestor do programa ficar na Casa Civil.

“O presidente Lula considerou o Ministério do Planejamento pela importância que tem, o papel que tem de acompanhamento das ações do governo, de participar do comitê gestor de programas prioritários do governo que são coordenados pela Casa Civil, e considerou que a senadora Simone Tebet é um nome adequado para isso. Fez o convite e recebeu a sinalização positiva por parte dela”, afirmou Padilha.

Membros do MDB, no entanto, entraram em contato com o PT para verificar as declarações. No fim da tarde, o desenho comentado pelos envolvidos é que haverá uma gestão compartilhada do PPI entre Planejamento e Casa Civil. Enquanto a primeira pasta ficará com a parte de planejamento, diagnóstico e metas do programa, a segunda cuidará da parte política e de execução dos projetos.

“O presidente Lula considerou o Ministério do Planejamento pela importância que tem, o papel que tem de acompanhamento das ações do governo, de participar do comitê gestor de programas prioritários do governo que são coordenados pela Casa Civil, e considerou que a senadora Simone Tebet é um nome adequado para isso. Fez o convite e recebeu a sinalização positiva por parte dela”, afirmou Padilha.

Membros do MDB, no entanto, entraram em contato com o PT para verificar as declarações. No fim da tarde, o desenho comentado pelos envolvidos é que haverá uma gestão compartilhada do PPI entre Planejamento e Casa Civil. Enquanto a primeira pasta ficará com a parte de planejamento, diagnóstico e metas do programa, a segunda cuidará da parte política e de execução dos projetos.

Em governos anteriores do PT, o programa de investimentos, como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), transitou. No PAC 1, com Lula, ficou concentrado na Casa Civil. No governo de Dilma Rousseff, foi transferido para o então Planejamento. Não existe ainda uma definição detalhada sobre a partilha da gestão dos investimento no Lula 3 e fontes internas do partido dizem que depende de negociação.

Padilha ainda destacou que no organograma do ministério também estarão o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Além disso, também estará sob sua responsabilidade a área de relações internacionais com bancos de desenvolvimento, que abrangeria, por exemplo, indicação para o conselho do FMI (Fundo Monetário Internacional).

O futuro ministro das Relações Institucionais afirmou que o Ministério do Planejamento participa dos comitês gestores dos programas estratégicos do governo coordenados pela Casa Civil, como Minha Casa, Minha Vida e Bolsa Família, além do PPI. Segundo Padilha, Lula manterá, ao longo do dia, reuniões para definir os últimos nomes de ministros de seu governo.