A mulher de 43 anos presa sob suspeita de esfaquear o fisiculturista e personal trainer Valter Aita, de 41 anos, em Chapecó (SC), já havia sido condenada a 15 anos de prisão por envolvimento em um assalto ocorrido em 2019, em Santa Maria (RS). Segundo o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), ela participou do planejamento do crime.
Valter foi encontrado morto na manhã de domingo (7), na escada do condomínio onde morava, no Centro de Chapecó. A companheira, que também ficou ferida, foi hospitalizada em estado grave e recebeu alta nesta quarta-feira (10). Após passar por audiência de custódia, teve a prisão temporária decretada por 30 dias. A identidade dela não foi divulgada.
Condenação anterior
O crime pelo qual a suspeita já havia sido condenada ocorreu em 3 de abril de 2019, no bairro Duque de Caxias, em Santa Maria. Conforme a denúncia, ela ajudou a planejar um assalto a uma residência junto com outros envolvidos. Durante a ação, a vítima reagiu, houve luta corporal e um dos criminosos atirou, atingindo o morador duas vezes.
A mulher foi condenada em primeira instância, em janeiro de 2021, a 18 anos e 8 meses de prisão. Após recurso, o TJRS reduziu a pena para 15 anos, 2 meses e 20 dias. A tentativa de recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) não teve êxito, e a condenação foi confirmada em outubro de 2023. Um mandado de prisão definitivo foi expedido no mês seguinte, mas ela ainda não havia sido localizada.
Caso em Chapecó
De acordo com a Polícia Militar, vizinhos ouviram uma discussão no apartamento do casal, na rua Sete de Setembro, na manhã do crime. Pelo olho mágico, uma moradora viu Valter ensanguentado, além de marcas de sangue nas paredes. O atleta apresentava ferimentos no abdômen, costas, rosto e pescoço.
Natural de Santa Maria, Valter Aita era fisiculturista e personal trainer, e costumava compartilhar sua rotina de treinos com mais de 11 mil seguidores nas redes sociais. A motivação e outras circunstâncias do homicídio são investigadas pela Delegacia de Homicídios de Chapecó.