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Suspeita de emprestar conta para "crime da Mega" é presa

Suspeita de emprestar conta para "crime da Mega" é presa

A polícia prendeu neste domingo (18) uma segunda pessoa suspeita de ter participado da morte de Jonas Lucas Alves Dias, de 55 anos, em Hortolândia, São Paulo. Dias foi vencedor de R$ 47,1 milhões na Mega-Sena em 2020, fato que está diretamente relacionado com sua morte, segundo responsáveis pela investigação.

A prisão, de uma mulher trans, de nome social Rebeca, e que foi identificada pela polícia também pelo nome de registro, Samuel Messias Pereira Batista, 24, ocorreu em Santa Bárbara d’Oeste, interior paulista, a 22 km de Hortolândia, onde a vítima residia. Dois suspeitos permanecem foragidos.

Rebeca é investigada pois uma conta em seu nome foi usada para a transferência de valores, segundo nota da Secretaria de Segurança Pública. 

A primeira prisão, de Rogério de Almeida Spínola, 48, foi feita neste sábado (17). Os quatro suspeitos de terem participado do homicídio tiveram prisão preventiva decretada pela Justiça. Rebeca foi encontrada e presa pela Guarda Municipal de Santa Bárbara d’Oeste e depois encaminhada para a Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) de Piracicaba, onde a investigação está sendo conduzida.

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Os quatro suspeitos do crime são de Santa Bárbara, conforme os policiais. A investigação localizou os suspeitos com a ajuda de imagens que registraram o momento em que Jonas Dias foi abordado pela primeira vez. Também havia câmeras na agência bancária onde um dos criminosos tentou realizar saques com cartão da vítima.

Jonas Dias foi encontrado com sinais de espancamento na última quarta (14), um dia após ter desaparecido. Ele foi achado na alça da rodovia dos Bandeirantes (SP-348), na altura do Jardim São Pedro, em Hortolândia, a 115 km da capital paulista. Levado a um hospital, ele não resistiu e morreu.

Dias foi o ganhador do prêmio de R$ 47,1 milhões da Mega-Sena no dia 5 de setembro de 2020. Naquela ocasião, outra aposta também levou o mesmo valor. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o caso foi registrado como extorsão seguida de morte.”

Ela [a vítima] foi socorrida no hospital da região, onde não resistiu aos ferimentos e faleceu. Seu irmão, de 65 anos, prestou esclarecimentos e relatou que o homem estava desaparecido havia um dia. A vítima teve aproximadamente R$ 20 mil retirados de sua conta bancária por meio de transferências bancárias e via Pix.

O cartão de débito dele também foi levado pelos suspeitos, segundo informou a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP).

Uma das responsáveis pela investigação, a delegada Juliana Ricci, da Deic de Piracicaba, disse que a vítima estava perto de sua casa quando foi rendida, por volta das 6h do dia 13. Dois automóveis foram utilizados no crime, uma S10 prata e um Fiesta preto.

Um dos suspeitos havia deixado o sistema prisional em setembro de 2021, e Spínola, preso no sábado, já cumpriu pena por crimes como furto, homicídio, estelionato e lesão corporal. A Folha não conseguiu localizar a defesa dos detidos.