O Supremo Tribunal Federal promoveu esta semana a segunda edição do evento “Leis e Likes: o papel do Judiciário e a influência digital”, reunindo 26 criadores de conteúdo de diferentes regiões do país. Realizado em parceria com o projeto Redes Cordiais, o encontro teve como objetivo aproximar o universo jurídico do público das redes sociais, estimulando o debate sobre democracia, comunicação institucional e o funcionamento das instituições.
A programação incluiu rodas de conversa, troca de experiências e atividades práticas que incentivaram a compreensão mútua entre produtores digitais e operadores do Direito. O evento é patrocinado pelo YouTube, pela OAB Nacional, pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e pelo Instituto Justiça e Cidadania (IJC). A participação dos influenciadores foi voluntária, sem pagamento de cachê ou custeio por parte do STF, configurando uma ação de caráter exclusivamente social.
No primeiro dia, os convidados participaram de encontros com os ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Flávio Dino. Também acompanharam parte da sessão plenária, fizeram visita guiada à sede do Supremo Tribunal Federal e ao seu museu, além de discutirem o papel do Judiciário e a comunicação institucional com gestores da Corte, como a juíza ouvidora Flávia Martins de Carvalho, a coordenadora de multimeios Fábia Galvão e a diretora-executiva do Redes Cordiais, Clara Becker.
Experiência e Diálogo
Experiência reforça compromisso com a democracia e diálogo
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Entre os participantes, a criadora de conteúdo Déia Freitas, do podcast Não Inviabilize, ressaltou o simbolismo da experiência: “Estar aqui, nesse lugar que foi atacado no 8 de janeiro, falando sobre democracia e Estado de Direito, é muito simbólico.” Ela também destacou que terá acesso direto aos ministros no segundo dia do evento e convidou seguidores a enviarem perguntas.
O perfil Histórias de Terapia, de Alexandre Simone e Lucas Galdino, reforçou nas redes sociais o compromisso com o diálogo. “Passar pelo STF e conversar sobre a importância da influência digital em defesa da democracia foi um marco.”
A psicóloga e ex-atriz Cecília Dassi aproveitou seus stories para esclarecer que o evento não teve como finalidade “limpar a imagem do STF”, mas sim promover um espaço real de escuta e questionamentos. “Fomos encorajados a trazer críticas, dúvidas e posicionamentos diversos, sem uso de recursos públicos — tudo custeado pelos patrocinadores do projeto.” Ela elogiou ainda a plataforma “Informações à Sociedade”, lançada pelo ministro Barroso em 2023, que facilita o acesso da população aos julgamentos da Corte.
