A Polícia Civil do Rio de Janeiro, em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, frustrou um plano de ataque com explosivos durante o show da cantora Lady Gaga, neste sábado (03/05), em Copacabana. A operação, batizada de Fake Monster, teve como foco um grupo extremista que disseminava discursos de ódio e planejava atentados contra crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+.
A ação foi conduzida por equipes da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), 19ª DP (Tijuca) e o Ciberlab da Secretaria Nacional de Segurança Pública, com o apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). A investigação começou a partir de um alerta emitido pela Subsecretaria de Inteligência (Ssinte), que identificou sinais de radicalização online entre adolescentes.
Segundo a apuração, os integrantes do grupo recrutavam jovens para participar de um “desafio coletivo”, cujo objetivo era realizar ataques coordenados usando coquetéis molotov e explosivos improvisados. O intuito era obter notoriedade nas redes sociais.
Durante a operação, um homem apontado como líder do grupo foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo no Rio Grande do Sul. No Rio de Janeiro, um adolescente foi apreendido por armazenar pornografia infantil e por envolvimento com o grupo.
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As diligências ocorreram simultaneamente em cidades dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. No total, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em nove endereços, incluindo os municípios de Niterói, Duque de Caxias, Macaé, Cotia, São Vicente, Vargem Grande Paulista, São Sebastião do Caí e Campo Novo do Parecis.
Detalhes da Operação Fake Monster
Além dos dispositivos eletrônicos recolhidos, outros materiais serão analisados para aprofundar as investigações. Em Macaé, os agentes também encontraram um suspeito que havia ameaçado matar uma criança ao vivo na internet. Ele responderá por terrorismo e incitação ao crime.
A operação foi executada de forma sigilosa e eficaz, garantindo a segurança do público e evitando a disseminação de pânico. A Polícia Civil reforça seu compromisso com o combate aos crimes digitais e à atuação de grupos que utilizam a internet para fomentar práticas criminosas e violentas.
