SAÚDE

Saúde digital atrai 8 em cada 10 brasileiros, mas barreiras ainda limitam acesso

Segundo pesquisa nacional apresentada pelo SESI no evento Conecta Saúde, 78% dos brasileiros demonstram interesse em utilizar serviços digitais de saúde

Segundo pesquisa nacional apresentada pelo SESI no evento Conecta Saúde, 78% dos brasileiros demonstram interesse em utilizar serviços digitais de saúde
Foto: Divulgação

Segundo pesquisa nacional apresentada pelo SESI no evento Conecta Saúde, 78% dos brasileiros demonstram interesse em utilizar serviços digitais de saúde — como teleconsultas, agendamentos online, prescrições e atestados digitais.

Entretanto, apesar da curiosidade generalizada, apenas 20% da população chegou a usar efetivamente algum serviço digital em 2025.

O celular é o meio mais usado para acesso (96%), com destaque para telefone e WhatsApp (45 %), aplicativos de planos de saúde (32 %) e o Conecte SUS (31 %).

Entre os serviços mais demandados estão o agendamento online (57 %) e teleconsulta (49 %). Outros formatos como integração de exames, prescrição digital e emissão de atestado também são requisitados.

Aprovação de serviços digitais evolui

A aprovação dos serviços digitais de saúde evoluiu: de 73 % em 2023 para 81 % em 2025.  Para os usuários, os fatores mais valorizados são praticidade (30 %), agilidade (28 %) e bom atendimento (14 %).

Por outro lado, pontos de insatisfação incluem consultas superficiais (32 %), falhas técnicas e dificuldades de agendamento (16 %).

Apesar do interesse elevado, apenas 10% afirmam conhecer bem os serviços digitais de saúde, enquanto 63 % relatam nunca ter ouvido falar ou não saber como funcionam.

Desigualdades no acesso à internet e a dispositivos eletrônicos estão entre os principais obstáculos. Além disso, há desafios regulatórios e culturais: é necessário fortalecer marcos legais, garantir confiança dos usuários e assegurar que o digital complemente — e não substitua — o atendimento presencial.

Perfil dos usuários e resistentes

A aceitação é maior entre jovens de 25 a 40 anos (44 %), pessoas com ensino superior (51 %) e rendas mais altas (47 %). Já a resistência se concentra entre quem tem 41 a 59 anos (79 %) e idosos (83 %), que citam insegurança e preferência pelo presencial.–