SEM TRANSPARÊNCIA

São Paulo não envia dados sobre contaminaçao por etanol

Até ontem, eram 16 casos confirmados e outros 209 suspeitos.

Até ontem, eram 16 casos confirmados e outros 209 suspeitos.
Até ontem, eram 16 casos confirmados e outros 209 suspeitos.

O Ministério da Saúde não divulgou, nesta segunda, 6, os novos dados de contaminação por metanol no país porque o governo de São Paulo, estado onde está registrado o maior número de ocorrências, não enviou seus dados. Uma nova tentativa de divulgação será feita às 19h, com ou sem o estado, afirmou o ministro Alexandre Padilha. O ministério tem fechado os dados nacionais diariamente às 16h, após os envios pelos estados e compilados pelo Cievs (Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde Nacional).

Até ontem, eram 16 casos confirmados e outros 209 suspeitos. Segundo Padilha, não houve aumento de casos confirmados nos outros 25 estados e no Distrito Federal, só de suspeitas. O ministro está aguardando até as 19hs para divulgar esses dados. Ele aguarda o envio dos dados pela equipe do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que ainda não explicou o atraso para o envio desses dados.

Até o momento há o registro de dois casos de óbitos por contaminação – ambos em São Paulo. Dos casos confirmados, 14 foram registrados em São Paulo e os outros dois no Paraná. Entre casos suspeitos, a maior concentração também é em São Paulo, com 178 registros em análise

Dos casos confirmados, 14 foram registrados em São Paulo e os outros dois no Paraná. Entre casos suspeitos, a maior concentração também é em São Paulo, com 178 registros em análise

.SALA DE SITUAÇÃO NACIONAL

Governo Federal e a Intoxicação por Metanol

Por outro lado, o governo federal está mobilizado para apurar essa onda de contaminações e a origem do metanol. Nesta segunda, 6, o Ministério da Saúde criou a Sala de Situação Nacional – Intoxicação por Metanol após Consumo de Bebida Alcoólica, para monitorar casos e coordenar respostas diante do aumento de intoxicações provocadas por bebidas adulteradas, especialmente em São Paulo e Pernambuco.

Segundo o ministro Alexandre Padilha, a medida é uma resposta rápida a uma situação “anormal e sem precedentes” no país. A Sala, de caráter temporário, será coordenada pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) e reunirá órgãos como Anvisa, Fiocruz, Conass, Conasems, Ministério da Agricultura e Ministério da Justiça, entre outros.

O grupo acompanhará casos, orientará estados e municípios e garantirá a notificação imediata das suspeitas aos sistemas de vigilância.