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Salário mínimo ideal deveria ser de R$ 6.388,55

Foto: Divulgação
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salário mínimo oficial está em R$ 1.212. Mas este valor é considerado muito baixo na avaliação do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). A entidade entende que o salário mínimo ideal para a família brasileira de quatro pessoas seria de R$ 6.388,55.

Este valor, segundo o Dieese, seria para suprir todas as necessidades com alimentação, moradia, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social.

Com a redução da inflação, o salário mínimo ideal do Dieese também caiu. Confira a remuneração ideal em 2022:

  • Julho – R$ 6.388,55;
  • Junho – R$ 6.527,67;
  • Maio – R$ 6.535,40;
  • Abril – R$ 6.754,33;
  • Março – R$ 6.394,76;
  • Fevereiro – R$ 6.012,18;
  • Janeiro – R$ 5.997,14.

Apesar do Dieese recomendar este valor, a economista do órgão, Mariel Angeli Lopes, admite que elevar o salário mínimo para este patamar é impossível. Entretanto, ela defende um reajuste mais robusto no oficial e acima da inflação.

“A gente está em uma situação de carestia elevada. Então o trabalhador acaba sendo duplamente afetado. Ele tanto sofre com os custos e os preços altos dos alimentos, principalmente, mas também com um salário baixo, que não vem crescendo de modo expressivo nos últimos anos”, declara a economista para o Correio Braziliense.

Angeli Lopes indica uma estratégia para melhorar as condições do salário mínimo, que é a aplicação de uma política pública para regular os preços dos alimentos, mas diferente daquela feita durante o governo Sarney nos anos de 1980. Ela destaca um modelo para reduzir os custos sem aumentar os riscos da economia.

“A gente observa que isso não é uma política pública, isso não é uma prioridade do governo. Então, acaba que fica muito difícil ter uma diminuição dos preços quando não há uma política nacional direcionada para isso. O trabalhador sofre duplamente. Não tem política de valorização do salário mínimo, ao mesmo tempo em que o preço dos alimentos sobe bastante”, conclui a economista.

Fonte: JC Concursos