Relatos de funcionários da Cacau Show voltaram a ganhar repercussão nas redes sociais nesta semana. Segundo reportagens do portal Metrópoles e depoimentos divulgados anonimamente, colaboradores da sede da empresa em Itapevi (SP) teriam sido obrigados a participar de rituais considerados místicos, além de enfrentarem um ambiente de trabalho marcado por assédio moral e discriminação.
Rituais com roupas brancas e sala escura
De acordo com os relatos, em determinados dias, funcionários eram instruídos a vestir roupas brancas para participar de encontros liderados pelo CEO da marca, Alexandre Tadeu da Costa. Aqueles que estivessem com a vestimenta correta eram convidados a tirar os sapatos e entrar em uma sala escura, iluminada apenas por velas, onde o executivo conduzia um tipo de cerimônia com cânticos e repetições de palavras.
Colaboradores alegam que quem recusasse ou demonstrasse resistência a essas práticas poderia sofrer perseguições internas e prejuízos profissionais. Diante do desconforto crescente, parte dos funcionários decidiu formalizar denúncias junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT).
Outras denúncias: humilhação e preconceito
As denúncias não se limitam aos rituais. Segundo os documentos entregues ao MPT, o ambiente de trabalho também incluiria episódios de gordofobia, homofobia e humilhações públicas. Ex-funcionários e até franqueados relataram pressão excessiva, punições veladas e um clima corporativo hostil.
Um perfil no Instagram, chamado “Doce Amargura”, surgiu como espaço para reunir e divulgar esses relatos. Administrado por pessoas que se identificam como ex-funcionários da empresa, o perfil tem ganhado atenção ao expor situações recorrentes, segundo eles, dentro da cultura da empresa.
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O que diz a Cacau Show?
Em nota oficial, a Cacau Show afirmou que “não reconhece as alegações apresentadas” pelo perfil e pelas denúncias. A empresa declarou ainda que preza por relações pautadas em diálogo, respeito e confiança, e que as visitas feitas pelo diretor comercial às franquias são estritamente profissionais, sem qualquer ligação com os relatos denunciados.
Confira um trecho da nota:
“Cada experiência é única e pessoal. Prezamos por relações próximas, transparentes e sempre pautadas pelo diálogo — pilares que sustentam nosso crescimento conjunto […]. Não compactuamos com qualquer conduta que contrarie esses valores.”
