Ela ficou presa nos escombros e recebeu atendimento médico no local, mas não resistiu.
Ela ficou presa nos escombros e recebeu atendimento médico no local, mas não resistiu.

A cozinheira Suênia Maria Tomé Bezerra foi a única vítima fatal do desabamento do mezanino do restaurante Jamile, em São Paulo, na tarde de quarta-feira, 8 de outubro. Aos 51 anos, Suênia era natural de Monteiro, no interior da Paraíba, e dedicava-se à cozinha do estabelecimento localizado na Rua Treze de Maio, no tradicional bairro do Bixiga. Nas redes sociais, familiares e amigos compartilharam mensagens de luto, destacando o sorriso e a dedicação da trabalhadora.

O acidente ocorreu por volta das 12h30, pouco antes da abertura da casa para clientes. O mezanino, situado entre o pátio principal e o primeiro andar, desabou repentinamente, deixando Suênia presa sob os escombros. Apesar de ter recebido atendimento ainda no local, ela não resistiu aos ferimentos. Outras cinco pessoas ficaram feridas e foram socorridas.

Logo após o desabamento, circularam suspeitas de que a estrutura teria cedido por conta de uma explosão de gás. O Corpo de Bombeiros, entretanto, descartou a hipótese após ouvir funcionários que estavam no local e não relataram estouro. A concessionária Comgás também informou não haver relação do fornecimento de gás com o incidente, reforçando que não foi detectado vazamento.

A Prefeitura confirmou que o restaurante tinha licença de funcionamento emitida em 2022, além de licença sanitária vigente e Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). A Defesa Civil interditou o prédio devido ao risco de novos colapsos, mas garantiu que as estruturas vizinhas não foram afetadas.

Resgate e Apuração do Caso

O resgate mobilizou cerca de 40 bombeiros em dez viaturas, que trabalharam por quase cinco horas até a retirada das vítimas. O restaurante, cujo cardápio é assinado pelo chef Henrique Fogaça, divulgou nota de solidariedade, prestando apoio aos familiares e assegurando colaboração com as autoridades na apuração das causas.