Alvo de uma operação da Polícia Federal nesta terça-feira, 12, influenciador fitness Renato Cariani tem 47 anos e é um dos sócios da Anidrol Produtos para Laboratórios, empresa suspeita de envolvimento em um esquema de desvio de produtos químicos para fabricação de crack e cocaína.
Cariani também é um dos donos do grupo Supley, que abriga as marcas Max Titanium (suplementos esportivos), Dr. Peanut (alimentos à base de amendoim) e Probiótica (suplementação e nutrição esportiva). As empresas, segundo ele, o permitiram acumular um patrimônio milionário, o qual ele exibe com orgulho nas redes sociais.
Contudo, seu lado mais conhecido não é o de empresário, mas sim o de influenciador. Com mais de 7 milhões de seguidores no Instagram, ele publica conteúdos diários sobre musculação, dieta e estilo de vida.
Cariani também tem um projeto no Youtube no qual ajuda famosos a emagrecer e ganhar músculos. Entre as pessoas que já passaram pelo projeto estão os apresentadores Danilo Gentili, do SBT, Igor 3K, do Flow Podcast, e Sérgio Sacani, do canal Space Today.
Segundo o empresário declara nas redes sociais, sua motivação para entrar na vida fitness veio após sofrer bullying na época de escola. Ele era obeso e viu na musculação um caminho para se tornar mais saudável e forte. Na graduação, optou por três áreas distintas: química –em que ele atua com a empresa Anidrol–, educação física e administração.
Ele é casado com a também influenciadora Tati Cariani, ele tem três filhos e um neto.
Operação Hinsberg
A Polícia Federal, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO do MPSP) de São Paulo e a Receita Federal deflagraram, nesta terça-feira, 12/12, a Operação Hinsberg, que tem como objetivo reprimir e desarticular organização criminosa que desviou produtos químicos para produção de drogas.
O controle de insumos químicos e a repressão dos desvios para o tráfico de drogas têm se configurado como ferramenta de inteligência utilizada pela PF na mitigação da produção e oferta de entorpecentes no território nacional.
Mais de 70 policiais federais estão nas ruas para dar cumprimento à 18 mandados de busca e apreensão em endereços situados em São Paulo, Paraná e Minas Gerais.
As investigações revelaram que o esquema abrangia a emissão fraudulenta de notas fiscais por empresas licenciadas a vender produtos químicos em São Paulo, usando “laranjas” para depósitos em espécie, como se fossem funcionários de grandes multinacionais, vítimas que figuraram como compradoras.
Foram identificadas 60 transações dissimuladas vinculadas à atuação desta Organização Criminosa, totalizando, aproximadamente, 12 toneladas de produtos químicos (fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila), o que corresponde à mais de 19 toneladas de cocaína e crack prontas para consumo.
(Com informações da Folha de S. Paulo)