INVESTIGAÇÃO

Quem é o presidente de Escola de Samba de SP preso por tráfico internacional?

Alexandre “Teta” já havia sido preso em 2006 durante investigação da Polícia Civil que apurava se a Império da Casa Verde receberia apoio financeiro do PCC.

Alexandre Constantino Furtado, vice-presidente da Liga das Escolas de Samba de São Paulo e presidente da Império de Casa Verde, é apontado como integrante do PCC
Alexandre Constantino Furtado, vice-presidente da Liga das Escolas de Samba de São Paulo e presidente da Império de Casa Verde, é apontado como integrante do PCC

Alexandre Constantino Furtado, conhecido como “Teta”, é presidente da escola de samba Império da Casa Verde e vice-presidente da Liga das Escolas de Samba de São Paulo. Ele foi alvo nesta terça-feira de uma grande operação conjunta da Polícia Federal e da Polícia Militar. Ele é investigado por suspeitas de integrar organização criminosa dedicada ao tráfico internacional de drogas e à lavagem de dinheiro.

Alexandre “Teta” já havia sido preso em 2006 durante investigação da Polícia Civil que apurava se a Império da Casa Verde receberia apoio financeiro do PCC. A antiga apuração envolvia suspeitas de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Apurações iniciaram em 2021 no Pará

O início das apurações remonta a uma apreensão de 458 kg de cocaína em fevereiro de 2021, no Porto de Vila do Conde, no Pará. A droga estava escondida em meio a uma carga de quartzo com destino à cidade de Rotterdam, na Holanda.

Segundo as autoridades, a organização criminosa utilizava empresas de fachada para lavar recursos ilícitos, investindo em negócios considerados legais, como restaurantes e prestadores de serviço.

A operação foi batizada de Operação Vila do Conde. São cumpridos 22 mandados de prisão preventiva e 40 mandados de busca e apreensão em diversos estados: São Paulo, Pará, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás. Em São Paulo, a investigação inclui mandados na sede da Império da Casa Verde.

A prisão reforça acusações de utilização financeira da escola de samba como fachada para práticas ilícitas, inclusive em esquema de tráfico internacional.