O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente em prisão domiciliar, afirmou a uma autoridade que o visitou recentemente que já existe uma cela pronta para recebê-lo no Comando Militar do Planalto, em Brasília. A estrutura seria utilizada caso ele seja condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo que investiga a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Segundo Bolsonaro, a cela estaria localizada no Quartel-General do Exército, a cerca de 7 quilômetros da Praça dos Três Poderes. O local tem forte carga simbólica: foi nas proximidades que, em janeiro de 2023, apoiadores do ex-presidente acamparam antes dos ataques às sedes do STF, Congresso Nacional e Palácio do Planalto.
Embora Bolsonaro não tenha revelado quem teria passado a informação, a possibilidade de prisão após o julgamento está no radar de diferentes autoridades — que já discutem alternativas para onde ele poderia cumprir eventual pena.
Outros locais possíveis
Além da estrutura no quartel, também são cogitadas outras opções:
- Superintendência da Polícia Federal em Brasília – o espaço seria adaptado para abrigar o ex-presidente de forma semelhante à cela em que Lula ficou preso em Curitiba, em 2018.
- Complexo Penitenciário da Papuda – com mais de 16 mil detentos, o presídio possui alas destinadas a presos vulneráveis. Seria uma escolha mais isolada, o que poderia minimizar manifestações e riscos à segurança pública.
- Prisão domiciliar – medida já adotada atualmente, pode ser mantida dependendo da decisão final do STF e de avaliações sobre o estado de saúde de Bolsonaro.
A Polícia Federal também já possui uma cela pronta em sua sede no DF, equipada com cama, mesa, cadeira, banheiro e TV, e destinada a presos com foro especial ou de alta relevância pública.
A decisão final sobre o local onde Bolsonaro cumprirá uma eventual pena será tomada após o julgamento que começa nesta terça-feira (2 de setembro) na Primeira Turma do STF. A Corte julgará oito réus ligados ao suposto núcleo central da tentativa de golpe — incluindo o ex-presidente.
Com informações da revista Veja.