DECLARAÇÃO FORTE

Promotor do caso 'Maníaco do Parque' alerta para 'volta de matança'

Descubra o caso chocante do Maníaco do Parque: um serial killer brasileiro condenado a centenas de anos de prisão.

Promotor do caso ‘Maníaco do Parque’ alerta para ‘volta de matança’ Promotor do caso ‘Maníaco do Parque’ alerta para ‘volta de matança’ Promotor do caso ‘Maníaco do Parque’ alerta para ‘volta de matança’ Promotor do caso ‘Maníaco do Parque’ alerta para ‘volta de matança’
Desde a estreia do filme Maníaco do Parque: um serial killer brasileiro no Prime Video, muitos se perguntam sobre o futuro de Francisco de Assis Pereira.
Desde a estreia do filme Maníaco do Parque: um serial killer brasileiro no Prime Video, muitos se perguntam sobre o futuro de Francisco de Assis Pereira.

Desde a estreia do filme Maníaco do Parque: um serial killer brasileiro no Prime Video, muitos se perguntam sobre o futuro de Francisco de Assis Pereira. Com 56 anos, ele cumpre uma pena de quase 285 anos de prisão por ter assassinado sete mulheres e estuprado outras nove entre 1997 e 1998. No entanto, há a possibilidade de sua liberação em 2028. Para Edilson Mougenot Bonfim, o promotor que o acusou no Tribunal do Júri, essa notícia é alarmante: “Ele voltará a matar”.

Em entrevista ao jornal O Globo, Bonfim, que é ex-promotor e atualmente procurador de Justiça do Ministério Público de São Paulo, refletiu sobre o caso e a iminente soltura de Francisco. Apesar de sua condenação, ele poderá sair da prisão em quatro anos, quando completa o tempo máximo de encarceramento permitido pela legislação da época, que era de 30 anos.

Bonfim enfatiza que a liberdade de Francisco representa um risco significativo para a sociedade. “Ele será um perigo em qualquer circunstância, seja com ou sem progressão de regime. É certo que, assim que sair da penitenciária, ele pode cometer novos delitos”, alertou.

Sem recuperação: ‘Continuará sendo uma ameaça’

Para Bonfim, não há perspectiva de reintegração social para o serial killer. “Não existem tratamentos eficazes para casos como o dele. Enquanto estiver vivo, ele continuará sendo uma ameaça. Por isso, defendo que permaneça preso para proteger a sociedade e a ele mesmo”, afirmou.

No Brasil, a prisão perpétua não é uma opção. Bonfim advoga pela implementação dessa medida no país, ressaltando que, entre as dez nações mais ricas do mundo, o Brasil é o único que não adota a prisão perpétua. “O Brasil precisa dessa lacuna no sistema penal. Há criminosos, como Francisco, que merecem permanecer encarcerados pelo resto da vida”, argumentou.

Ele descarta a possibilidade de ressocialização, citando a condição psicológica de Francisco. “Estamos lidando com um serial killer com transtorno de personalidade antissocial. Não há tratamento que possa mudá-lo. Ele é imutável e continuará sendo uma pessoa de alta periculosidade”, opinou.

Por isso, Bonfim rejeita a ideia de soltura de Francisco, afirmando que ele certamente voltaria a matar se fosse libertado. “Ele tem uma predisposição para assassinar mulheres. Na prisão, ele está cercado de homens, o que evita que cometa feminicídios. Porém, ao sair, terá contato com mulheres, o que pode reativar seu comportamento homicida. Reitero: ele não está curado”, advertiu.

Bonfim também recordou o julgamento de Francisco, realizado em 1998. Apesar de ter confessado o estupro de diversas mulheres e o assassinato de nove, ele foi condenado apenas por sete homicídios. Para Bonfim, o número real pode ser maior. “Acreditamos que outros crimes possam ter ocorrido, mas para que ele fosse acusado, seriam necessários indícios claros, que não tínhamos”, explicou.

O filme

Recentemente, a história de Francisco voltou à tona após o lançamento do filme Maníaco do Parque: um serial killer brasileiro no Prime Video, dirigido por Maurício Eça e estrelado por Silvero Pereira. Bonfim comentou que o filme poderia ter sido mais “realista”.

“Embora não seja maçante, eu gostaria que abordasse de forma mais realista a sanidade mental de Francisco e destacasse as mulheres que se protegeram ao recusarem seu convite para ir ao parque”, disse.

Para ele, o principal mérito do longa foi ressaltar a discussão sobre a possível soltura de Francisco em 2028. “É essencial discutir se a nossa legislação está correta”, questionou.

Com informações de O Globo e portal Terra