MEIO AMBIENTE

Pró-Floresta vai recuperar 50 mil hectares na Amazônia

O programa Pró-Floresta+ vai selecionar projetos de restauração ecológica com espécies nativas que, a partir do reflorestamento das áreas degradadas, gerarão créditos de carbono

Os créditos de carbono gerados pelos projetos de restauração ecológica terão a compra garantida pela Petrobras

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Os créditos de carbono gerados pelos projetos de restauração ecológica terão a compra garantida pela Petrobras FOTO: Shutterstock

A Petrobras, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), vai recuperar 50 mil hectares na Amazônia e gerar créditos de carbono. As duas empresas vão contratar créditos de carbono gerados a partir de restauração florestal na Amazônia. O programa Pró-Floresta+ vai selecionar projetos de restauração ecológica com espécies nativas que, a partir do reflorestamento das áreas degradadas, gerarão créditos de carbono.

O protocolo de intenções entre a empresa e o BNDES foi firmado ontem, 31. A área de terras degradadas a ser recuperada na Amazônia equivale a 50 mil campos de futebol e vai permitir a captura de cerca de 15 milhões de toneladas de carbono, o que corresponde à emissão anual de 8,9 milhões de carros movidos a gasolina.

O ProFloresta+ vai selecionar projetos de restauração ecológica com espécies nativas que, a partir do reflorestamento das áreas degradadas, gerarão créditos de carbono. A fase inicial da iniciativa prevê um edital para a contratação de até 5 milhões de créditos de carbono, em uma área de cerca de 15 mil hectares, que gerarão investimentos de mais de R$ 450 milhões só na restauração, além de 4.500 empregos.

Além de ser um dos maiores programas de compra de créditos de carbono de restauração do Brasil, o ProFloresta+ é o primeiro desenvolvido em parceria com um financiador, o BNDES. “O programa contribuirá substancialmente para dar escala à restauração da floresta amazônica e com as estratégias de descarbonização das empresas brasileiras”, destacou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

O financiamento destinado ao reflorestamento será feito a partir de linhas de crédito especiais, como o Fundo Clima, com taxas e prazos adequados para projetos de restauração. “Com a iniciativa, vamos transformar a restauração e a manutenção da floresta, tornando-os rentáveis para as empresas, para as comunidades locais e, principalmente, para o meio ambiente, combinando as demandas ambientais e climáticas do país”, reforçou Mercadante.

Os créditos de carbono gerados pelos projetos de restauração ecológica terão a compra garantida pela Petrobras em contratos de longo prazo (offtake), a um preço a ser definido por licitação. “Essa é uma iniciativa muito importante para a Petrobras e para o Brasil. Ela possibilitará atendermos os compromissos climáticos com créditos de carbono de alta qualidade e integridade e, ao mesmo tempo, fomentaremos o desenvolvimento do setor.

Uma consulta ao mercado foi aberta ontem, para que empresas interessadas possam contribuir com a minuta do primeiro edital e do primeiro contrato de compra de carbono. Empresas que quiserem participar da consulta devem enviar e-mail para [email protected] solicitando sua inscrição para receber o material completo.

O diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim, acrescentou que “a expectativa é de que o estabelecimento de um contrato padrão de compra de créditos de carbono de projetos de restauração com elevada integridade e rigorosos critérios técnicos e socioambientais sirva de referência para fomentar o desenvolvimento do mercado de restauração e créditos de carbono”.