Em entrevista ao ICL Notícias, o piloto Mauro Caputti Mattosinho afirmou que Antonio Rueda, presidente do União Brasil, aparece citado por dirigentes e funcionários da Táxi Aéreo Piracicaba (TAP) como envolvido em atividades irregulares relacionadas ao crime organizado. Segundo o depoimento, Rueda teria sido identificado como proprietário de aeronaves operadas por empresa apontada pela Polícia Federal como parte de um esquema do PCC.
Matosinho, de 38 anos, disse que percebeu algo aberrante após uma reportagem que citava o empresário Mohamad Hussein Mourad, conhecido como “Primo”, cliente frequente da TAP. Ele passou a observar destinos de voos suspeitos, pessoas que embarcavam junto à aeronave, e contou que afirmações de sua empresa sobre voos clandestinos se alinhavam com os fatos divulgados pela imprensa.
Segundo ele, Mourad parou de aparecer nos voos da empresa após vir à tona a reportagem do Fantástico. Porém, outros envolvidos no esquema, como Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”, continuaram a utilizar os serviços da TAP. Ambos são acusados de usar postos de combustível e fundos de investimento para lavar dinheiro em benefício do PCC.
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Matosinho também contou que ouviria frequentemente, dentro da empresa, histórias que mencionavam Rueda em negociações com políticos, lobistas e empresários ligados a essas atividades suspeitas. Ele afirma ter trabalhado na TAP há quase dois anos e ter tido contato direto com fatos que agora denuncia.
Em nota Rueda nega ser dono das aviões e que “repudia com veemência qualquer tentativa de vincular seu nome a pessoas investigadas ou envolvidas com a prática de algum ilícito”, afirmou. O presidente do União Brasil diz que “já voou em aeronaves particulares em voos fretados por ele ou como convidado”, mas que “nunca participou da compra das aeronaves”. E que costuma realizar seus deslocamentos “em voos comerciais”.
