FRANCISCO LIMA NETO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Federal faz na manhã desta terça-feira (18) uma operação contra a quadrilha que trocava etiquetas de malas no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em um esquema usado para envio de drogas à Europa.
Essa é a segunda fase da Operação Colateral, que identificou os líderes e outros integrantes da organização criminosa. São cumpridos 45 mandados judicias, sendo 27 de busca e apreensão, dois de prisão temporária e 16 de prisão preventiva nas cidades de Guarulhos e São Paulo.
No último mês de março, duas brasileiras foram presas na Alemanha sob acusação de tráfico internacional de drogas depois de terem as etiquetas de suas bagagens trocadas no aeroporto. Kátyna Baía, 44, e Jeanne Paolini, 40, passaram mais de um mês presas injustamente por conta da atuação da quadrilha. Elas tiveram a identificação da mala trocada e foram presas em Frankfurt sob a acusação de levar 40 kg de cocaína na bagagem.
À época, a própria PF do Aeroporto Internacional de Guarulhos identificou e prendeu os responsáveis que atuaram no aeroporto. O órgão comprovou a troca de etiquetas e demonstrou a inocência das brasileiras, que, após o envio das provas às autoridades alemãs, foram soltas e retornaram ao Brasil.
O aprofundamento das investigações levou a PF a identificar os mandantes do crime e outros integrantes da organização, que também teriam enviado cocaína em outras duas oportunidades, uma para Portugal, em outubro de 2022, e outra para a França, em março deste ano.
Na operação desta terça, entre os presos estão os suspeitos de executar os três episódios de tráfico internacional de drogas, segundo a PF, e os mandantes. Eles seriam os responsáveis pelo envio de mais de 120 kg de cocaína para a Europa.