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PF faz buscas e apreende armas da deputada Carla Zambelli

A deputada Carla Zambelli é investigada pelo STF após perseguir e apontar arma para jornalista - FOTO: Cleia Viana / Câmara dos Deputados
A deputada Carla Zambelli é investigada pelo STF após perseguir e apontar arma para jornalista - FOTO: Cleia Viana / Câmara dos Deputados

Aguirre Talento/Agência Globo

A Polícia Federal apreendeu nesta terça-feira três armas da deputada Carla Zambelli (PL-SP), duas em sua residência em São Paulo e uma em seu apartamento funcional em Brasília. Os pedidos de busca e apreensão foram feitos pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que também queria vasculhar o gabinete de Zambelli na Câmara dos Deputados. O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), entretanto, não autorizou buscas no Legislativo.
A Corte abriu uma investigação preliminar sobre as armas da deputada depois que, na véspera do segundo turno da eleição, ela sacou uma pistola em São Paulo e chegou a entrar em um bar com a arma em punho. As imagens circularam nas redes sociais na ocasião.
Gilmar Mendes suspendeu seu porte de armas e determinou a devolução de todos os armamentos que ela possuía. Na semana passada, Zambelli entregou uma pistola, mas a Polícia Federal detectou que havia outras armas vinculadas a ela e informou o caso ao STF. Por isso, foi realizada a ação ontem.
O ministro considerou, no entanto, que não havia elementos suficientes para determinar buscas no gabinete da Câmara dos Deputados, mas apenas nos endereços residenciais.
Em um vídeo divulgado pela própria deputada, ela afirmou que já havia entregado espontaneamente à PF uma pistola, após a determinação de Gilmar, e disse que os policiais federais levaram outras três armas de sua residência na ação realizada ontem.
“Apesar de ter entregue espontaneamente minha G3C 9mm, eles levaram também agora minha 380 Taurus, uma Ruger 9mm e uma arma de coleção, 38, que eu tinha”.
Em nota, a assessoria de Zambelli afirmou que ela “cooperou, como sempre fará, com as autoridades policiais para o cumprimento da decisão. Caso qualquer atentado à vida da deputada, agora desprotegida, aconteça, já sabemos o responsável”.
Na tarde de 29 de outubro do ano passado, Zambelli sacou uma arma e apontou para um homem no bairro nobre dos Jardins, em São Paulo. Ela disse ter sido hostilizada por “militantes de Lula”.